
Projeto iniciado em 2007, ocupando um galpão desativado na Orla Bardot, a Bienal Anual de Búzios – ou bab – cresceu e foi ganhando cada vez mais espaço e relevância na cena cultural do balneário. Depois desta primeira edição no centro, ao longo dos anos foi se expandindo para as ruas e praças da cidade com produção in site de artistas de destaque na arte contemporânea brasileira, como Alexadre Vogler, Anna Bella Geiger, Artur Barrio, Brígida Baltar, Rogério Reis, Felipe Barbosa, Laura Lima, entre outros importantes nomes. Em 2024, a exposição “Rabiola”, de Armando Mattos – idealizador do evento -, é o fio condutor da 16ª edição da bab: ao contrário da rabiola de uma pipa, que tem a função de dar estabilidade, o artista e curador, com sua mente inquieta, “empresta” o seu processo criativo para ampliar o campo de exploração e vivência.
“A prática de Armando Mattos é pautada por uma subversão elegante, em que toda ruptura com a tradição se dá com sutileza. Onde há permanência, que venha a efemeridade. Onde há suporte, que ele se transforme em elemento compositivo. Onde há matriz, que seja convertida em obra”, sentencia a crítica de arte e curadora Sylvia Werneck, sobre a obra do artista.
Uma das propostas é estimular e discutir o turismo cultural, ampliando a experiência vivenciada na cidade, proporcionando um intercâmbio entre a comunidade artística local e os artistas visitantes. Eles foram selecionados pela curadoria geral e pelos “bab lovers” Daniel Toledo, Felippe Moraes e Amanda Abi Khalil e chegam à residência artística para o convívio de uma experiência criativa em meio à natureza em meados de julho. Através das oficinas, artistas locais convidados e o público em geral – incluindo moradores e visitantes são conduzidos a mergulhar no imaginário, questionando conceitos e a materialidade das obras. A primeira atividade será a residência artística, a partir do dia 8 de julho.