
Ângela Vieira e Sandra Pêra
As cortinas do Teatro Rival Refit abriram-se para o espetáculo “Sandra Pêra em Belchior”, novo projeto da cantora, compositora, atriz e diretora, baseado no recém-lançado álbum homônimo, dedicado à obra do compositor cearense. Este é o segundo álbum solo da artista, que volta aos discos após um hiato de 38 anos sem gravar. Neste show, Sandra Pêra costura, com leveza e boa prosa, algumas densas canções, como se apresentasse um roteiro de dramaturgia – bem ao estilo do cancioneiro de Belchior. Da obra do compositor, de quem foi amiga pessoal, ela pinçou clássicos como “Paralelas”, “Medo de avião”, “Todo sujo de batom”, “A palo seco”, “Velha roupa colorida”, “Mucuripe”, “Galos, noites e quintais” e a incensada canção “Sujeito de sorte”, que traz o potente e reverberado verso “Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro”, de autoria do repentista paraibano Zé Limeira, absorvido na canção de Belchior. Depois do show, Sandra recebeu o carinho de Marcos Caruso, Ângela Vieira, Marco Nanini e Dhu Moraes que prestigiaram a noite.