
Quando Bibi Ferreira ouviu Joyce Candido cantar, a hoje saudosa grande dama do teatro brasileiro constatou que estava diante de uma artista por excelência. Joyce Cândido já viajou o mundo defendendo a boa música brasileira e, por onde passa, deixa uma marca inconteste. Foi assim no MIDEM, na França, e, nos EUA, foi escolhida Melhor Cantora Brasileira pelo Brazilian International Press Awards. A artista estreou no mercado fonográfico com o álbum “Panapaná” (2006) e, dez anos depois, lançou seu primeiro DVD, “O bom e velho samba novo”, no qual teve o privilégio de cantar com grandes nomes como João Bosco e Elza Soares, numa prova de que a cantora veio para ficar. A artista segue seu caminho na música realizando, neste mês de novembro, dois feitos. O primeiro deles é a chegada às plataformas digitais, no dia 25, da íntegra do repertório de “O bom e velho samba novo” (Warner). O registro do show estava disponível no YouTube e, de lá para cá, viralizaram vídeos como o de “Tesouro maior” (Alceu Maia e Lu Carvalho) e “Espumas ao vento”, gravada com Elza, levando a gravadora a disponibilizar as 23 faixas no streaming. A cantora reverencia ainda Chico Buarque, um de seus grandes ídolos na música, no show “Os musicais de Chico Buarque”, que apresenta no dia 26, às 20h, no Teatro Prudential, no Rio de Janeiro.
No seu novo espetáculo, Joyce Cândido alia o seu timbre único aos das heroínas – icônicas e iconoclastas – criadas por Chico. A Joana de “Gota d’água”, cuja inspiração é a Medeia de Eurípedes, faz–se presente com “Bem querer” e a canção-título. De “Calabar”, musical censurado no dia da sua estreia, a cantora reaviva as lutas de “Bárbara” e a de “Ana de Amsterdã”. Já “Ópera do malandro” é o musical mais representativo no roteiro do show. São sete os temas escolhidos pela artista, que passeia por clássicos como “Pedaço de mim”, “Terezinha”, “Geni e o zepelim” e, claro, “O meu amor”.