
Novamente ficamos sem o hexa. Continuamos ostentando, porém, o consolo de sermos a única seleção penta campeão do mundo, como salientou a colunista Tais Braga(Correio Braziliense – 10/12). Nadamos para morrer na praia. Estava escrito pelos deuses do futebol. O país inteiro manteve-se mobilizado vibrando pela seleção. Uma tristeza infinita tomou conta dos corações dos torcedores. A cabeça está inchada e a alma dolorida. A ficha vai demorar a cair. O futebol é a válvula de escape do brasileiro. Torce, chora, vibra, berra, xinga. Por bons momentos deixa de lado as amarguras e dificuldades. Perder uma copa do mundo na disputa de pênaltis é de amargar. Principalmente para um adversário inferior. Que jogou para dar trombadas e fazer faltas. Com exceção do magistral e interminável meia Modric, que reinou soberano em campo. Não tivemos competência para administrar o 1 a zero na prorrogação. Todos perguntam porque Neymar, o craque do Brasil, não iniciou a cobrança das penalidades. Pênalti bem batido, goleiro não pega. Cansei de escrever aqui e nas redes sociais que Tite convocava mal e escalava pior ainda. Desprezou o cerebral meia Paulo Henrique Ganso, jogando o fino, no Fluminense. A imensa maioria dos analistas e narradores embarcou nas lorotas e conversas fiadas do treinador. Tite é um fiasco. Vai embora tarde. Teve a honra de disputar duas copas do mundo e fracassou. Leva com ele, o pernóstico auxiliar técnico, Cleber Xavier. Não é do ramo. Antes da copa, Tite iludiu a todos vencendo adversários medíocres. Desembarcamos no Catar cheio de vento e triunfalismo. Em uma de suas análises, o enviado do Correio, Marcos Paulo Lima alertou para o oba-oba. Deu no que deu. Tragédia anunciada. A caminhada do recomeço é longa. A constatação é inevitável, os adversários não temem mais o Brasil, como antigamente, na época áurea e fulgurante de gênios como Pelé, Garrincha, Gerson, Nilton Santos, Zico, Didi, Rivelino, entre outros. Evoluiram, enquanto hoje o Brasil se arrasta em campo, rezando para que um ou dois atletas salvem a Pátria. A mescla de atletas precisa continuar. Muitos jogadores do elenco atual merecem novas chances. Pena que jogadores valorosos, como Tiago Silva, saiam de cena sem ganhar sequer uma copa do mundo. A CBF fez sua parte. Não deixando faltar nada para a seleção. O excelente planejamento da retaguarda continua vigorando. Creio que nomes como Dorival Junior e Fernando Diniz, para o lugar do inacreditável Tite estão no radar do comando da CBF. Quem sabe, a dupla trabalhando junto.
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Bolsonaro saiu da toca. Falou as bobagens de sempre. Fantasiado de vítima, insinuou para a malta de fanáticos que o golpe não foi engavetado. Elogia as Forças Armadas da boca pra fora. Triste e medonho fim de linha para uma desprezível figura que deslustrou a chefia da nação.