
Na semana pré-carnaval, o Centro Cultural Inclusartiz abre ao público, dia 11, a partir das 16h, a exposição “Da Avenida à Harmonia: mais de um século de carnaval no Centro do Rio de Janeiro”. Pensada pelo curador-chefe do centro cultural, Victor Gorgulho, em parceria com a equipe do Instituto Inclusartiz, a coletiva se propõe a investigar as mais diversas manifestações do carnaval carioca ao longo deste último século – especialmente na Região Central do Rio de Janeiro e em seu entorno –, por meio de registros históricos e trabalhos contemporâneos.
“A partir de uma ampla janela temporal, que se propõe a dar conta de cerca de um século de história do carnaval de rua e de avenida do Rio de Janeiro, a mostra busca traçar uma cartografia histórica mas, sobretudo, afetiva dessa que é uma das maiores e mais importantes festas populares de todo o mundo”, conta Gorgulho.
A exposição é dividida em três eixos. O primeiro apresenta registros históricos da controversa Belle Époque tropical da década de 1920, pertencentes a diversos arquivos públicos, como o Arquivo Nacional, a Biblioteca Nacional, entre outros. Já o segundo destaca a icônica série “Carnaval” (1967-1972), de Carlos Vergara, um potente conjunto de imagens sobre o bloco carnavalesco Cacique de Ramos fotografadas nos anos mais duros da ditadura militar. Na exposição, a série será exibida em um recorte especial pensado pelo próprio artista junto ao curador.
O terceiro e último núcleo se desenrola a partir de uma teia que conecta fotografias, pinturas, vídeos e outras produções contemporâneas que nos apresentam a atualizadas e renovadas versões do carnaval. São trabalhos elaborados tanto por nomes consagrados no circuito da arte contemporânea, como o de Laura Lima, lado a lado com obras de jovens proeminentes no cenário, como Melissa de Oliveira e Mulambö, e de artistas oriundos da Zona Portuária e com ampla atuação na região, como os fotógrafos Mauricio Hora e Sandro Rodrigues.
Uma série de ativações paralelas também estão previstas para serem realizadas no Centro Cultural Inclusartiz ao longo do período em que a exposição estiver em cartaz, como oficinas educativas e rodas de conversa com os artistas participantes da mostra e outros nomes convidados, cujos trabalhos se relacionam com a temática proposta.
