
Lições da jornalista Ana Dubeux(Correio-Braziliense – 12/02), no texto “Envelhecer é moderno”, aos preconceituosos e pobres de espírito. Perto de completar 60 anos de idade, batendo um bolão, como cidadã e profissional, Dubeux salienta: “Nunca escondi a idade. Não me envergonho do que me tornei. Sempre amei pessoas mais velhas. Gosto de cinema antigo, músicas antigas, cidades antigas. Me sinto em casa”. De minha parte, flertando com os 80 anos, informo aos fariseus que admito ser chamado de idoso. Jamais de doente ou velho. Embora saiba que existem doentes, com idade avançada, firmes no batente. Produzindo e mantendo a fé. Todo corpo é movido por energia diferente. Respeito é bom e eu gosto. Apaixonado pelos encantos da vida, repilo a torpe sentença antecipada de vida. Não pretendo me entregar tão cedo ao desânimo. A sábia Cora Coralina ensina: “O bom é produzir sempre e não dormir de dia”. O cotidiano atribulado mostra que ficar doente, sofrer com dores, demorar a sarar, não é privilégio dos idosos. Antes fosse. Nem Deus, o maior dos Estadistas, o dono da justa palmatória do Universo, tem a tola presunção de identificar seres humanos pela idade avançada.
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Cartão do Presidente Sarney
Amizade de 40 anos, que muito me honra.
