
Essa semana tive o prazer de conversar com o ator, produtor, diretor e apresentador, Paulo Betti. Ele iniciou sua carreira atuando na novela “Como Salvar Meu Casamento”, na extinta TV Tupi, em 1979. Apresentou o programa “Novos Nomes em Cena”, no Canal Brasil, onde entrevistava jovens atores brasileiros e depois como produtor, um de seus maiores trabalhos foi o filme “Cafundó”, estreado em 2005, no qual fez uma pequena participação como romeiro.
JP – Como foi a experiência em “Cafundó”?
O longa era um projeto pessoal e fui duramente criticado por parte da população de Sorocaba, que esperava se ver retratada no filme.
JP – Mas depois disso você não parou mais. Quais os personagens que você considera mais marcantes no Cinema?
No Cinema, alguns de meus personagens mais marcantes foram; Carlos Lamarca em “Zuzu Angel”, o Visconde de Mauá, Irineu Evangelista de Souza, no filme “Mauá: o Imperador e o Rei” e como Getúlio Vargas em “Chatô, o rei do Brasil”.
JP – Como é sua relação com a cidade de Sorocaba, interior de São Paulo?
Minha família quase toda mora em Sorocaba, a casa onde fui criado, hoje abriga o projeto cultural Quilombola.
JP – Você sempre foi muito ligado a política. Como é viver um político na novela “Amor Perfeito”?
É muito bom viver o prefeito Evaristo Anselmo Eu incorporei o personagem de corpo e alma”.
JP – Mas além da política, você também gosta de futebol e já virou casaca algumas vezes. Como foi isso?
São Bento um time do interior de São Paulo. Já tentei mudar de time, mas não consegui. Virei São Paulino quando cheguei à capital paulista, e depois flamenguista quando vim para o Rio de Janeiro. Mas nenhum dos dois gigantes toca o meu coração como o pequeno clube. Não é igual. Quando sinto que o São Bento começa a engrenar, sinto que volta a paixão.
JP- Fale um pouco da sua “Autobiografia Autorizada”.
Escrevi a partir de registros captados por mim ao longo da vida, documentos e imagens do modesto álbum da família, ‘Autobiografia Autorizada’ conta, com bom humor e muito afeto, a história da minha vida eo ator, desde a minha infância na pequena Rafard, até mudar-me para Sorocaba. Entre idas e vindas de meu pai a sanatórios. Cresci e estudei graças à patroa de minha mãe, que me matriculou numa creche da cidade.
JP – O tempo parece não passar pra você. Como você cuida da saúde?
Gosto de tudo orgânico e cuido muito da minha alimentação procuro evitar exageros principalmente em relação a massas. Algumas são irresistíveis, e até me arrisca em criar alguns pratos rsrsrs.
JP – Como é sua relação com seus filhos?
É excelente! Sempre tem encontro familiar, onde todos expõem suas opiniões e até fazem alguns debates.
JP – Qual a mensagem que você deixa para quem está começando na carreira de ator?
Para quem está iniciando a carreira, recomendo: estudar…estudar…e ler muito, e, claro, nunca perder o foco. Arte e a cultura são uma obrigação, o enriquecedor é produtivo para o ser humano.