
Prêmio Pritzker de Arquitetura de 2011 e Leão de Ouro na Bienal de Veneza de 2018, o arquiteto português Eduardo Souto de Moura tem sua obra revisitada na exposição “Souto Moura – Memória, Projetos, Obras” – no Paço Imperial.
Souto de Moura foi responsável por algumas das principais obras arquitetônicas de Portugal, como a “Casa das Histórias” – museu Paula Rego – em Cascais, o Mercado Municipal e o Estádio Municipal de Braga (Estádio Axa) – esse, referência para o prêmio Pritzker; a Casa das Artes, a Casa do Cinema de Manoel de Oliveira e o Edifício Burgo, no Porto; a Ponte dell’Accademia, em Veneza (Itália). Dignas de nota são também as intervenções patrimoniais no Convento de Santa Maria do Bouro, em Amares, no edifício da Alfândega Nova (atual Museu dos Transportes e Comunicações/Centro de Congressos e Exposições) e na antiga Cadeia da Relação (convertida no Centro Português de Fotografia), no Porto.
A curadoria de Nuno Graça Moura e Carlos Castro no Paço Imperial selecionou nove imagens de sete projetos de Souto de Moura, expostos, desde ontem, em quadros que circundam a sala. No meio, em vitrines de vidro, estão croquis, fac símiles, anotações pessoais, fotografias de maquetes e outros documentos sobre cada umas das obras, que formam um conjunto de elementos de trabalhos relevantes para a compreensão da obra e do método de Souto de Moura nos seus diversos aspectos.
A convite do Instituto Camões em Brasília, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU) fará uma programação paralela para amplificar o debate sobre a obra de Souto Maior e a importância da preservação de acervos arquitetônicos. Participam desta programação o CAU do Rio de Janeiro, o IAB – nacional e o departamento do Rio de Janeiro – e o IPHAN. Serão três debates, o primeiro que aconteceu nesta quarta-feira, 22, durante a abertura, teve como tema a “Memória”.
A exposição do Paço Imperial é uma versão adaptada da grande mostra do arquiteto realizada na casa de Arquitectura – Centro Português de Arquitectura – na cidade de Matosinhos, instituição para a qual Souto de Moura doou todo seu acervo, composto por 700 maquetes de 700 projetos.
Para Nuno Sampaio, diretor da Casa, o conjunto das obras expostas no Paço Imperial mostra mais de 40 anos do trabalho de Souto de Moura e reforça a ligação sentimental com o Brasil. “Trazemos a arquitetura do Brasil a Portugal – em maio, abrem duas exposições dedicadas a Paulo Mendes da Rocha – , levamos também nossa arquitetura ao Brasil. Os projetos expostos no Paço Imperial são uma visão da produção arquitetônica de Souto de Moura”. Confira como foi a abertura nas fotos de Cristina Lacerda.
Serviço: De 22 de março a 23 de maio
Visitação – terça a domingo e feriados – das 12hs às 18hs
Centro Cultural do Patrimônio Paço Imperial
Praça XV de novembro, 48