Essa semana meu bate-papo é com o talentoso escultor e designer de moda, Fogo. Nascido na cidade do Rio de Janeiro, mas vivendo desde 2012 em Niterói, ele diz que atualmente está se dedicando integralmente as esculturas. “Tenho 33 anos de idade e 12 anos de produção artística. Fiz graduação em Escultura na Escola de Belas Artes da UFRJ e estudei por 3 anos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage”, explica.
Por mais de um ano participou com o “Coletivo Vô Pixá Pelada”, de ações criativas no Hotel da Loucura, do Instituto Nise da Silveira. Foi premiado em 2015 pelo júri popular como um dos 5 artistas finalistas da exposição “Visionary ART Y.Z” e em 2022 recebeu o prêmio de aquisição de segundo lugar no “IX Salão de artes Levino Fanzeres”.
“Eu adoro pensar o espaço como o primeiro suporte que eu tenho para criar. Por isso gosto tanto de escultura, instalação e performance. Gosto de fazer trabalhos que se relacionam com o espaço e criam sua própria narrativa”.
Seu trabalho se desdobra no campo da fábula, do humor, do lúdico e da nova geometria. Essas questões sempre caminham juntas em seu processo. As esculturas da exposição “FOGO na Gozto” são produções dos últimos dois anos, onde ele investiga a geometria em peças de cerâmica de diferentes escalas.
“As esculturas simulam criaturas do meu próprio imaginário e possuem características quase que alienígenas. Essas criaturas primeiro surgem nos desenhos e depois de uma seleção elas ganham forma. Eu procuro manter uma expressão simplificada nas esculturas, que atribui um olhar mais ingênuo e lúdico. Outra questão que é muito importante para o meu processo criativo são os títulos, geralmente é no título que eu atribuo o caráter de humor do trabalho”, diz ele.
Ele termina explicando que sua parceria com a Galeria Gozto começou a convite do curador da galeria, João Victor Lioi que marcou uma reunião na galeria e ele teve a oportunidade de apresentar seus projetos tanto pra ele quanto para o Sérgio Zobaran.
“Marcamos a minha primeira individual que fica aberta ao público até 25 de abril. Apresento 20 esculturas e estou satisfeito com o resultado dessa exposição, poder apresentar o meu trabalho em conjunto proporciona uma experiência mais completa da minha visão como artista”, finaliza.
