
Cinquenta anos depois de ser censurado pela ditadura militar, “Os homens que eu tive” (1973, 85 minutos), de Tereza Trautman, volta às salas de cinema em uma nova e belíssima restauração em resolução 4K, realizada pela Cinemateca Brasileira em parceria com o laboratório Cinecolor Brasil. A estreia do longa-metragem em circuito de festivais acontece no Festival do Rio, em Sessão da Gala na Mostra A Cinemateca É Brasileira, na segunda-feira, 9, às 21h15, no Estação Net Rio, no bairro de Botafogo.
“É uma alegria poder apresentar Os homens que eu tive restaurado estreando no Festival do Rio. Fiz o filme e fui censurada em 1973 por falar da liberdade e da individualidade da mulher. Estou muito feliz com este momento e me orgulho de ter feito esse filme aos 21 anos”, reflete Tereza Trautman.
Em 1973, com apenas 21 anos, Trautman escreveu e dirigiu “Os homens que eu tive”, estrelado por Darlene Glória, conta a história de Pity, uma mulher que leva uma vida alegre com seu marido Dode e seu namorado Sílvio, enquanto procura entender seus próprios desejos e buscar formas de saciá-los. No elenco, também estão os atores Arduíno Colassanti, Gracindo Júnior, Gabriel Archanjo, Ítala Nandi, Milton Moraes.
“Os homens que eu tive”, lançado em 1973, teve uma curta carreira comercial antes de ser censurado por sua forte mensagem de liberdade sexual feminina. Apenas em 1980, com outro título, o longa foi liberado pelo governo para retornar às salas de cinema. A nova cópia de “Os homens que eu tive” foi exibida na mostra 1973 – 50 Anos Depois na Cinemateca Brasileira, em São Paulo.
Há 19 anos Tereza Trautman criou o CINEBRASiLTV, canal independente, por assinatura e no streaming, com produções originais dos mais diversos temas do audiovisual nacional.