
Conhecida popularmente como “gordura no fígado” a esteatose hepática é um distúrbio que pode ser classificado em até 3 graus de complicações, dependendo da quantidade de gordura acumulada no fígado. Este órgão é responsável por mais de 500 funções importantes no organismo, por isso, o mal funcionamento resulta em uma cadeia de outros problemas de saúde.
Por ser uma doença silenciosa, é preciso estar atento aos principais fatores de risco. Entre eles estão a obesidade, o diabetes tipo 2 e o consumo excessivo de álcool. O cantor Zezé Di Camargo relatou em suas redes sociais a surpresa com o diagnóstico e a mudança na alimentação, o mesmo aconteceu com o humorista Whinderson Nunes que, depois da detecção da esteatose hepática, chegou a emagrecer 15kg.
Hoje, cerca de um terço das cirurgias que acontecem nos principais transplantadores brasileiros são por causa da gordura no fígado. Se não tratada, a esteatose hepática pode evoluir para uma cirrose ou até mesmo para um câncer.
Como diagnosticar?
Segundo o diretor-médico da Clínica Vilella Pedras, Marcos Villela Pedras, o exame de elastografia hepática faz o diagnóstico da doença. Ele é seguro, eficaz, e garante um diagnóstico mais assertivo, o que interfere diretamente no tratamento e cura da doença.
“É muito parecido com o procedimento de uma ultrassonografia. Para facilitar o movimento da sonda, um gel é aplicado no abdômen do paciente e as imagens são capturadas na tela do aparelho”, explica o médico. É preciso estar em jejum, além disso, a última refeição deve ter sido leve, sem adição de gorduras e açúcares.
O exame pode ser pedido por um hepatologista. É indicado para detectar doenças que causam alterações na rigidez do tecido, como por exemplo, as que apresentam fibrose, alterações vasculares ou nódulos. Todos os tipos de hepatites podem ser diagnosticadas, assim como a cirrose e excesso de gordura.