
Nascido no Zimbábue e radicado no Marrocos, Xander Pratt, 33 anos, multiartista pan-africanista – movimento que propõe a união dos povos da África para potencializar a voz do continente – está no Brasil para dar continuidade ao projeto de sua jornada musical que está percorrendo o mundo e pesquisa novos gêneros e novas colaborações artísticas.
Ligado ao Instituto Internacional de Teatro da UNESCO, sediado em Paris, na França, Xander está lançando, no Brasil, junto com o DJ e produtor musical angolano Joss Dee, há 10 anos vivendo no Rio, o clipe de sua música “Brazilian Funk”, resultado de sua estadia no Rio, ano passado, no Morro do Vidigal, onde aprendeu mais sobre a cultura funk.
Ao conhecer o gênero, ficou deslumbrado, segundo ele, “com a demonstração de liberdade das expressões corporais contidas nas vivências do funk, nas quais as pessoas recebem e transmitem boas vibrações exalando simpatia e sensualidade”.
O clipe está repleto de referências à estética urbana do Rio, apresentando locais simbólicos como a Escadaria Selarón, na Lapa, e o próprio Vidigal, e teve a participação cantora, dançarina e atriz Lúdika. Para conferir o clipe, basca clicar no link.
Animado com o lançamento de sua música no Rio, Xander Pratt acredita que “se deve cancelar o termo apropriação cultural de uma vez por todos e defender a diversidade cultural em seu lugar”. Em 2023, no Dia da ONU, 24 de outubro, Pratt encorajou artistas e líderes do mundo todo a se unirem pela paz. Expoente da música urbana na África e na Ásia, e cada vez mais conquistando o mundo do hip hop, Pratt traz mensagens sobre amor próprio e vibrações positivas em suas músicas, ao invés de temas usuais do hip hop ocidental como álcool e sexo.
Já o DJ angolano Joss Dee, que produziu a faixa com Xander, e tem influências do kuduro, no melhor dos sentidos, destaca que “nesta música misturamos o amapiano, gênero relativamente novo que tem se popularizado em vários países do mundo com o funk carioca, resultando nesta fusão eletrizante”.
Foto Fernando Rabelo