
Tinta óleo sobre tela, 1995
A estética personalíssima de Tomie Ohtake, pintora e escultora que deixou sua marca em tantas obras deslumbrantes, ganha uma exposição imperdível. A partir de 15 de abril, a galeria Nara Roesler São Paulo em parceria com o Instituto Tomie Ohtake apresenta “Infravermelho”.
O nome é uma alusão ao telescópio espacial James Webb. Paulo Miyada, curador da mostra e diretor artístico do Instituto, assinala que as analogias cósmicas no trabalho da artista “foram muito fortes nos anos 1990”. Essa aproximação, já percebida por críticos como Frederico Morais e Miguel Chaia, foi fundamental para definir o título da exposição.
Um conjunto de pinturas de 30cm x 30cm, estudos de suas obras, nunca mostrado ao público, será uma das atrações, assim como uma escultura em tubo metálico pintado de branco.
“Infravermelho” reúne trabalhos desenvolvidos ao longo da década de 1990, quando a artista consolida a transição, iniciada dez anos antes, do uso de tinta acrílica em detrimento da tinta a óleo. Os pigmentos diluídos em água permitiu que Tomie Ohtake explorasse as transparências, as veladuras, a fluidez, de uma forma que não teria sido possível com a tinta óleo. A água é a própria noção de fluidez e estamos diante de um mergulho em formas sintéticas, que exploram transparências, gestos, luz, sombra, sobreposições. A artista afina sua atenção às gestualidades pictóricas”, analisa Paulo Miyada
Tomie Ohtake é uma das artistas da 60ª Bienal de Veneza, “Stranieri Ovunque/Foreigners Everywhere” – que acontece de 20 de abril a 24 de novembro de 2024 –, e tem como curador o brasileiro Adriano Pedrosa. Seu trabalho irá compor o núcleo histórico modernista latino-americano e diaspórico.
“Tomie Ohtake – Infravermelho”
Galeria Nara Roesler, São Paulo
Avenida Europa, 655
Segunda a sexta, das 10h às 19h
Sábado, das 11h às 15h
Telefone: 55 (11) 2039 5454
De 15 de abril a 8 de junho de 2024
Entrada gratuita