
A “Voz de Vó”, com dramaturgia final de Sara Antunes – que assina a direção, com supervisão artística de Vera Holtz – é uma criação poética que aborda a perda da memória, mas também a fabulação. Um projeto que reúne uma equipe comprometida com a narrativa de uma história repleta de emoção, afetos, humor, amor e descobertas. A partir do dia 3 de agosto, a sala Tom Jobim será palco de uma viagem pela busca das memórias de uma vida.
Clarisse Derzié Luz interpreta a Vó que está com Alzheimer e vai, com a ajuda de seus netos, em busca das suas memórias perdidas. Essa viagem, num jogo lúdico, leva a plateia a emoções afetivas e muitos desses sentimentos podem remeter a casa de cada um dos expectadores. As crianças criam mundos para as ausências da avó, buscando ressignificar as falhas, dando sentidos e preenchimentos aos buracos vazios, acalorados de fantasia.
“Mais do que fazer um espetáculo para criança queremos proporcionar uma experiência dentro do sentir da infância a todo público, experimentar o mundo através da brincadeira, da canção, do jogo lúdico. É neste desenrolar da narrativa oral que queremos fazer viver a Voz de Vó”, diz Sara, que também é a idealizadora do projeto.
Cenário e Figurinos são assinados por Analu Prestes, que costura esses fragmentos como uma linha que aborda o tempo e transforma a memória numa grande colagem recheada de natureza, risos, brincadeiras e muita imaginação. “Contar uma história sobre memórias, infância e uma vó que amava os pássaros e música, nos remete às nossas lembranças mais profundas”