
Amador Perez cercardo por Jaime Filho e Jaime Vilaseca
A exposição “Amador Perez 50 Anos Fotolivrografia”, aberta neste sábado, 3, no Paço Imperial, no Rio, comemora a trajetória do artista carioca (1952, Rio) iniciada em 1974 na exposição Jovem Arte Contemporânea no Museu de Arte
Contemporânea da Universidade de São Paulo.
Perez graduou-se em 1976 pela Escola de Belas Artes, UFRJ em design gráfico, e em 1977 realizou sua primeira exposição individual no MAM Rio. Sua trajetória inclui a XXI Bienal de São Paulo e individuais em instituições como o Centro Cultural Banco do Brasil, Instituto Moreira Salles, Museu Nacional de Belas Artes e Paço Imperial.
Nos anos 70 Amador colecionou imagens que encontrava em jornais e revistas, utilizando-as como referências para desenhar a grafite, pesquisando paralelamente as possibilidades da xerox; continuando a trabalhar nos anos 80 e 90 com técnica virtuosística de grafite, fundamentou assim o desejo de materializar os fantasmas da sua imaginação estimulada pela força das estampas da arte.
No início dos anos 2000 experimentou a combinação de técnicas de gravura, procedimentos fotográficos e recursos digitais, propondo sempre relações instigantes entre os meios, e a partir de 2015 começou a fotografar com o celular, redescobrindo e assumindo o aparelho como seu novo instrumento de trabalho, continuando sua pesquisa e reflexão sobre materialidade e imaterialidade, singularidade e multiplicidade das obras de arte e suas
reproduções.
Amador Perez possui obras em acervos de renomadas instituições culturais brasileiras e estrangeiras, como o Museu Nacional de Belas Artes, MAM Rio e MAR, Pinacoteca do Estado, MAC-USP e MAM São Paulo, e também em importantes coleções, como Gilberto Chateaubriand e José Mindlin. Atuou como professor universitário desde 1981, principalmente na ESDI-Escola Superior de Desenho Industrial-UERJ e no Departamento de Artes e Design da
PUC-Rio.
A mostra apresenta 169 obras e é composta por 4 núcleos:
1 > Eus e Um – reedição digital da série de desenhos Eus e Um (42 autorretratos
apresentados em 1991 na XXI Bienal de São Paulo) duas séries fotográficas, reproduzidas em
livros, recentes e inéditas
2 > Goyesca: Taurografia (sobre gravuras da Tauromaquia, de Goya)
3 > Piranesiana: Fundição (sobre gravuras – projetos de lareiras – de Piranesi)
4 > Linha do Tempo – retrospecto da trajetória do artista de 1974 à atualidade
Eventos durante a Exposição – Dia 24 de agosto, às 15 horas, na Sala dos Archeiros, conversa com Rafael Cardoso,
historiador e escritor, autor dos textos da exposição – Dia 21 de setembro, às 15 horas, visita guiada por Amador Perez – Dia 20 de outubro, às 15 horas, conversa com o artista. Amador vai falar da exposição e de
sua obra .
Confira como foi a abertura nas fotos de Marco Rodrigues.