
Nasceu no Hospital da Beneficência Portuguesa, em Porto Alegre. Foi a primogênita do casal Romeu Costa e Ercy Carvalho Costa. Cinco anos depois, nasceria seu irmão Rogério Costa. Aos sete anos de idade foi ao programa “Clube do Guri” (Rádio Farroupilha de Porto Alegre), animado por Ary Rego, mas se recusou a cantar. Em 1956, neste mesmo programa, cantou pela primeira vez no rádio. Passou a integrar o elenco fixo do programa, ganhando um pequeno cachê e presentes dos patrocinadores.
Tempos depois, tornou-se secretária do programa: além de cantar, lia recados, nomes de aniversariantes e apresentava os candidatos.
Dos nove aos 11 anos, frequentou aulas de piano com a professora Waleska, uma vizinha da família, interrompidas por não dispor do instrumento em casa. Entre 1957 e 1960, cursou o ginásio no Instituto de Educação Flores da Cunha, Porto Alegre. Em 1961, cursou seis meses de clássico no Colégio Estadual Júlio de Castilhos e transferiu-se para o curso normal da Escola Diogo de Souza. Abandonou o curso ao terminar o segundo ano.
Seu primeiro namorado desde que chegou ao Rio foi Solano Ribeiro. O jovem, então com 25 anos, trabalhava na produção musical do “Programa Bibi Ferreira”, da TV Excelsior. No dia 5 de dezembro de 1967, aos 22 de idade, casou-se, no civil, com Ronaldo Bôscoli, 16 anos mais velho. No dia 7, foi realizada a cerimônia religiosa do casamento na Capelinha Mayrink, Floresta da Tijuca, RJ. Frase de Ronaldo na época: “Não sou rico, mas estou bem. Ela ganha quinze milhões (velhos) por mês e eu, dois e meio. O trivial da casa será mantido por mim. O luxo, por ela.” O casal passou a morar na Avenida Niemeyer, São Conrado, Rio de Janeiro. No dia 17 de junho, nasceu seu primeiro filho, João Marcelo, na Casa de Saúde São José, no Rio. O menino nasceu forte, mas nos primeiros meses de vida teve muitos problemas por ser alérgico a leite de vaca, chegando a ficar hospitalizado. Sem leite para amamentá-lo, foi à televisão pedir amas-de-leite para o filho. No dia 11 de maio de 1972, depois de várias separações e reconciliações, desquitou-se de Ronaldo Bôscoli. O juiz determinou que nada tinha a receber do marido, além de uma pensão de três salários mínimos para o filho, que ficaria sob a sua guarda.
Em 1974, uniu-se a César Camargo Mariano, mudando-se para São Paulo. Estabeleceram-se na Rua Califórnia, no bairro do Brooklin. No dia 18 de abril de 1975, nasceu Pedro, seu segundo filho, na maternidade do Hospital São Luís, SP. Em 1976, mudou-se com sua família para uma casa na serra da Cantareira, SP. No dia 9 de setembro de 1977, nasceu sua filha Maria Rita, na maternidade do Hospital São Luís, SP. Em 1981, separou-se de César após nove anos casamento.
2005, ano em que completaria seu 60º aniversário, a cantora foi tema do programa “Arquivo N”, veiculado pelo canal a cabo Globonews.
Em 2013 entrou em cartaz no Teatro Oi Casa Grande (RJ) o espetáculo “Elis, A Musical”, com texto de Nelson Motta e Patrícia Andrade, e direção de Dennis Carvalho. No elenco, Laila Garin (como Elis Regina), Felipe Camargo e Claudio Lins.
Em 2016 sua cine-biografia, “Elis”, foi lançada. O filme remontou a trajetória de sua carreira desde a adolescência até a morte e não abordou com profundidade o uso de drogas e a relação com a ditadura militar, que segundo a crítica especializada do portal Adoro Cinema, foram abrandados para evitar polêmica. “Elis” teve a direção de Hugo Prata, produção de Fabio Zavala e roteiro de Vera Egito, Luiz Bolognesi, e Hugo Prata. A atriz Andreia Horta interpretou Elis, Caco Ciocler fez o papel de seu segundo marido, o músico César Camargo Mariano.
Em 2018 a TV Globo reproduziu sua minissérie a partir das cenas do filme “Elis” com inclusão de depoimentos da cantora Rita Lee e de cenas documentais. A obra foi exibida em quatro capítulos.
Em 2019 seu filho João Marcello Bôscoli lançou a biografia “Elis e eu – 11 anos, 6 meses e 19 dias com minha mãe” na Livraria da Vila na cidade de São Paulo. O livro narrou as experiências com sua mãe, Elis, e os bastidores do envolvimento dela com as drogas até seus últimos dias vida. Na ocasião, a crítica especializada considerou que as outras biografias de Elis, “Furacão Elis” (1985) e “Elis Regina – Nada será como antes” (2015), lançadas pelo jornalista Julio Maria, não tirariam o valor da biografia lançada em 2019, “Elis e eu – 11 anos, 6 meses e 19 dias com minha mãe”, pois este não se prendeu a datas e a dados cronológicos, tendo sido um relato íntimo e pessoal de quem foi testemunha ocular de parte da história de Elis.