
Volto ao assunto por rigorosa necessidade. Os parvos me tiram do sério. Saudável a iniciativa do Correio Braziliense, destacando a importância da democracia, da constituinte e da constituição. Pilares da resistência cívica que enchem de orgulho a alma dos brasileiros. Lamento, contudo, nessa linha, que os organizadores dos eventos tenham deixado de convidar o patriota Bernardo Cabral. Deplorável omissão. Inacreditável ingratidão. Quando se trata de exaltar a Carta Magna, em todo lugar e circunstância, Bernardo Cabral tem que ser tratado como convidado de honra. O ex-senador, ex-presidente da OAB Nacional e ex-ministro da justiça, Bernardo Cabral, trabalhou incansavelmente como relator geral da constituinte. Foi eleito, pelo voto direto, para a função, disputando com Fernando Henrique Cardoso e Pimenta da Veiga. A Constituição jamais poderá ser exaltada, debatida ou escrita, com isenção e grandeza, sem lembrar o nome de Bernardo Cabral. A legítima história republicana precisa ser escrita com o celebro. Pena que alguns insistam em escreve-la com os pés. É patética a quadra de horrores que humilha o Brasil, em todos os segmentos de atividades.