
Na televisão, esteve em emissoras e projetos na Região Serrana do Rio de Janeiro, como “Coisas de Tati”, “Visão Geral” e o “Sabe ou não sabe?” o desafio dos estudantes de Petrópolis, um grande sucesso local. Alcançou projeção nacional como apresentadora do programa “A Hora do Enem”, na TV Escola.
Na sua empresa TM Produtora, produziu espetáculos em Petrópolis, incluindo apresentações de artistas renomados como Dedé Santana, Rafael Portugal, Fábio Porchat, Fernanda Souza, Sérgio Mallandro, Thiago Ventura e espetáculos do seu curso de teatro “Nova Geração de talentos” com teve como patrono o ator Marcelo Serrado.
Com uma carreira sólida de 15 anos entre as áreas da cultura, turismo e audiovisual, combina sua experiência artística a uma visão estratégica, incentivando e promovendo o desenvolvimento sustentável do setor turístico e valorizando a cultura. Seu trabalho de promoção do Estado do Rio de Janeiro por essas instituições já alcançou diversos estados brasileiros, além de países como Argentina, Espanha, Portugal, Alemanha, e Estados Unidos. Também desenvolveu projetos com China e Itália, fez intercâmbio de especialização com foco em entretenimento e audiovisual em Los Angeles e Las Vegas, e, em 2023, foi convidada a integrar o Observatório de Turismo Brasil -Portugal. Confiram nosso bate-papo que tá babado!
JP – Como o turismo apareceu na sua vida ?
O turismo sempre esteve presente na minha vida de forma muito natural. Desde pequena, tive a oportunidade de viajar com minha família e, também, com as apresentações no Brasil com o coral “Princesas de Petrópolis”. Mais tarde, quando comecei a apresentar programas de televisão, sempre fazia questão de divulgar experiências turísticas, eventos e destinos.Com a produção de eventos e participações artísticas, compreendi o grande potencial do turismo como ferramenta de desenvolvimento, valorização cultural e conexão entre pessoas.
Tive oportunidade de trabalhar mais estrategicamente com a promoção, quando assumi o cargo de Chefe da Film Commission do Estado do Rio de Janeiro, pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, onde passei a trabalhar diretamente com o setor, promovendo e divulgando o Estado como cenário para produções de audiovisual nacionais e internacionais. Nesse período, atuei em parceria com a Secretarias de Turismo, cultura, desenvolvimento, instituições e com da rede da Federação de Conventions & Visitors Bureaux do Estado do Rio de Janeiro.
Logo após, recebi o convite para atuar na comunicação e inovação da Federação de Conventions, hoje trabalhando diretamente com 22 escritórios em 36 cidades turísticas do Estado, e foi nesse momento que me encantei ainda mais pelas nossas experiências , belezas, histórias e diversidade.
Hoje continuo este trabalho divulgando nacionalmente e internacionalmente através de ações, meios de comunicação e eventos, estou diariamente na Rádio Paradiso Rio com o Boletim Informativo “Existe um lugar” com dicas e roteiros, pelas minhas redes sociais e em breve lanço um projeto novo na TV. Sou apaixonada pelo nosso Estado e país.
JP – O que os eventos representam na promoção de um destino turístico ?
Os eventos são catalisadores poderosos para o turismo. Eles geram fluxo de visitantes, movimentam a economia local e criam visibilidade para os destinos, posicionando-os estrategicamente no mercado. Um evento bem planejado pode transformar a percepção de um local, tornando-o referência para determinados segmentos, como turismo de negócios, de cultura, entretenimento ou esportivo. Além disso, eventos impulsionam a infraestrutura, fomentam parcerias e estimulam o engajamento da comunidade, gerando empregos e oportunidades.
JP – Como Petrópolis é percebido como produto turístico ?
Petrópolis é um destino único e multifacetado, com um rico patrimônio histórico, cultural e natural, com forte ligação com a história imperial e da República do Brasil. Sua arquitetura é rica e eclética, refletindo diversos períodos, como o Palácio de Cristal, o Palácio Quitandinha, o Museu Imperial e a Catedral de São Pedro de Alcântara, entre outros
Destaca – se pelo turismo de experiência, gastronômico, pela natureza exuberante, rota cervejeira, trilhas e cachoeiras. Conhecida como a “Capital Estadual do Casamento e da Cerveja”, a cidade atrai muitos visitantes para seus eventos culturais e corporativos, como o Rock the Mountain, Bauernfest, Festival de Inverno, Natal Imperial, entre outros. Sua proximidade com o Rio de Janeiro, cerca de 60Km, aliada ao clima agradável, aumenta ainda mais sua atratividade.
JP – O que representa para você ser Embaixadora do Turismo do Rio?
Ser Embaixadora do Turismo do Estado do Rio de Janeiro é uma grande honra e, ao mesmo tempo, uma responsabilidade. O Estado do Rio é um dos destinos mais icônicos do mundo, e poder contribuir para sua promoção e valorização é algo que me orgulha e motiva diariamente. Acredito que o turismo é uma ferramenta poderosa de transformação social e econômica, e essa posição me permite atuar na construção de um turismo mais inovador, sustentável e inclusivo, conectando pessoas, gerando oportunidades e transformando vidas. Espero poder contribuir cada vez mais com projetos que fazem a diferença. Lembrando que é turismo é feito por muitos e que ninguém faz nada sozinho.
JP – Quais os grandes gargalos do Turismo no Estado do Rio?
Os principais desafios do turismo no estado envolvem infraestrutura, segurança e políticas públicas de longo prazo. A conectividade, tanto aérea quanto terrestre, ainda precisa de melhorias para facilitar o acesso a diferentes regiões. A questão da segurança pública afeta a percepção do turista e impacta a escolha do destino. Além disso, é essencial uma estratégia contínua de promoção turística e capacitação profissional para garantir um atendimento de excelência e um turismo mais competitivo.
JP – Que conselhos daria para os que se ocupam das políticas públicas de Turismo em nosso Estado?
O turismo precisa ser tratado como uma política de Estado, e não de governo. É fundamental investir em planejamento estratégico de longo prazo, garantindo continuidade e eficiência nas ações. Além disso, é essencial ouvir o trade turístico, entender as necessidades do setor e fomentar parcerias público privadas. Outro ponto chave é a descentralização do turismo, promovendo e estruturando destinos além da capital, criando roteiros integrados e valorizando as diversas vocações do estado, com isso fazemos com que os turistas fiquem mais tempo por aqui e queiram retornar.
JP – Como maximizar esforços na estruturação de destinos turísticos?
A chave está na cooperação entre poder público, iniciativa privada e comunidade local. Um destino bem estruturado precisa de planejamento, infraestrutura adequada, qualificação profissional e estratégias de promoção eficientes, assim como experiências turísticas bem estruturadas e divulgadas. É importante combinarmos a Capital com destinos do interior mostrando nossa diversidade.
O turismo cinematográfico, pode ser um diferencial competitivo, atraindo produções audiovisuais que promovem o destino de forma orgânica e de longo alcance. Além disso, a tecnologia e a comunicação podem potencializar a experiência do turista e fortalecer a identidade do destino.
JP – Como vê o ensino superior do Turismo no Brasil?
O ensino superior em turismo no Brasil ainda enfrenta desafios, especialmente no que diz respeito à atualização das séries curriculares para acompanhar as constantes transformações do setor. É fundamental que as universidades fortaleçam a conexão entre teoria e prática, proporcionando experiências reais aos alunos, por meio de parcerias com o comércio turístico e oportunidades de estágio. Além disso, a interdisciplinaridade se torna cada vez mais essencial, uma vez que o turismo dialoga com diversas áreas, como economia, cultura, sustentabilidade e tecnologia. O investimento na formação de profissionais capacitados é determinante para a inovação e o crescimento do setor.
Na era da inteligência artificial, é o turismo que continuará a emocionar, gerar experiências únicas e impactar profundamente as pessoas e a economia. A capacidade de criar experiências imersivas e personalizadas será um diferencial. A tecnologia pode otimizar processos e melhorar a gestão, mas são as experiências humanas, a criatividade e a inovação que garantem o engajamento das pessoas
É necessário, portanto, que o ensino superior em turismo se adapte, incorporando as novas ferramentas e metodologias digitais, ao mesmo tempo em que mantém o foco na valorização das interações humanas.
O turismo do futuro será uma fusão entre o digital e o emocional, onde a tecnologia potencializa a criação de experiências inesquecíveis. As universidades devem, portanto, preparar seus alunos para este novo cenário, garantindo que possam atuar com inovação, excelente atendimento, ética e sensibilidade, elementos essenciais para o desenvolvimento sustentável.