
Era um dia, era claro! É sol, é quase um inverno primaveril. Já chega o dia que abriremos a janela do peito.
Quase meio! O início e, até quem sabe, o fim. O fim da noite, o meio para se chegar ao dia da madrugada sorvida pelo lúmen, o início da atualidade onde não há rastro de cobra, mas rosas hereditárias! Era um rapaz natural viajante.
Era um canto falado dos pássaros que aqui gorjeiam, muito mais maviosos, que acolá!
Ponteio, Capinam, uiva o Lobo, um pé de Edu que frutificou.
O Rio amanheceu, leve, louco, livre, live, love; exagerado talvez… o cara, um grande Circo Místico. Cheio de quimeras, assumindo pecados daquele bandido coração, velho e amarelado postal de amor, que os ventos do Norte trouxeram. Havia um certo ar de utopia expulsando toda distopia.
Alvoreceu pintura, porque o tempo não para o sétimo céu de Santo Antônio. E se eu pudesse entrar na sua vida, Bruxinha do trem azul, filha de Cataguá? Será que é de éter. Será que é cenário? É hoje, é solário. Helius. Hélio, filho do titã Hiperião e a titânida Téa.
E o sol; se ela mora num arranha-céu? Se equilibra por entre as paredes, tijolo por tijolo, forma um desenho com sol de primavera, ao mesmo tempo lógico porque sempre foi mágico.
O Sol tem alma feminina, o chamo Beatriz. Beatus, Beatrice, Beare. Representa α em seu nome.
Phoibos.
Éos, divindade, Eros. Será que é uma estrela, será bruxaria? E se eu pudesse entrar na sua vida…
Será que é Chico Buarque? Será Edu Lobo? Será que é comemoração? Viva Edu, uiva o Lobo Neerlandês.
Um trem caipira, Villas, Gullares, cores caetaneadas, preto-azulado, rosa-doirado, amarelo-orvalhado, auriverde-molhado.
É dia, eu já escuto os teus sinais.
É a bruma leve.
Zéfiro em lufadas, límpido páramo.
Solidários,
Serenos,
Sagrados,
Seremos Rio,
Seremos o mundo,
Sou Minas Gerais.