
Rastros de agonias crescem com escombros. Garras do desespero secam as lágrimas dos obreiros gaúchos. Chuvas e enchentes fortes voltaram a causar sofrimento e tristeza em cidades do Rio Grande do Sul. Muitas pessoas já morreram. Dilacerando e esmagando a felicidade de famílias inteiras. Centenas de famílias estão morando em abrigos. Águas do rio Guaiba avançam sobre Porto Alegre. A teimosa esperança pela vida esmaga a raiva. Penaliza sorrisos. O frio espanta o choro. Travo soluços. A tensão coletiva não sai da alma. Permanece doendo nos ossos. Dias e noites surgem tristes. Ninguém prega o olho. O quadro avassalador de tragédias se multiplica. Insiste em voltar. Humilha o céu. Ninguém sabe quando o sofrimento vai acabar. Continuam a fibra e o ânimo para ajudar os necessitados que perderam tudo. A energia vem de Deus. Ganharia saudável alívio caso São Pedro puxasse as orelhas das açodadas chuvas.