
Exposição inédita tem a curadoria de Christiane Laclau, da Artmotiv, e traz sete pinturas que mostram a relação do artista manauara, radicado no Rio de Janeiro, com um dos biomas mais famosos do mundo
Como uma sensibilidade única, Alberto Saraiva revela sua vivência em um dos principais biomas do país em obras que prometem encantar e, ao mesmo tempo, levar o espectador às suas lembranças mais familiares. A Amazônia é o tema da mostra “Espelho Amazônico”, que traz sete pinturas inéditas que saem do óbvio quanto à representação da mais famosa floresta tropical do mundo.
Nelas, a água, a luz e as formas vegetais são entrelaçadas por pinceladas marcadas por brilhos e reflexos. Alberto Saraiva rejeita a iconografia da floresta exuberante e exótica. Não há animais e nem grandes paisagens panorâmicas. O artista apresenta ao público uma botânica afetiva. São frutos e folhas de quintais, festas, rituais e ruas manauaras de suas memórias: o guaraná, o biribá, a pupunha, o cupuaçu, a vitória-régia, a flor do cupuaçu, a flor-da-lua — bromélia rara que se abre apenas sob a luz da lua cheia —, entre outros.
“Outro elemento fundamental nessas obras é o ponto de vista de quem está ilhado, sensação recorrente em Manaus, que refunda conceitualmente o horizonte. Tão amazônico quanto carioca, Alberto Saraiva funde, em sua pintura, origem e destino”, explica Christiane Laclau, curadora da exposição.
A mostra foi aberta nesta terça-feira, 15, no Hotel Fairmont, no Rio, e pode ser vista até o mês de outubro.
Confira como foi a abertura nas fotos de Reginaldo Teixeira.