
No ano Brasil-França, em comemoração aos vinte anos de estreia, Adriana Rabelo reestreia a peça “Visitando Camille Claudel”. Com texto e direção de Ramon Botelho, a peça revisita a história da escultora francesa abordando temas como equidade de gênero, saúde mental e luta antimanicomial . Teatro Gláucio Gill, até 25 de agosto, aos sábados, domingos e segundas, sempre às 20h.
O texto dramatúrgico destaca a luta da artista por reconhecimento em um meio dominado por homens e explora, com sensibilidade, as consequências da marginalização feminina tanto no campo da arte quanto da saúde mental. Embora ambientada entre os séculos XIX e XX, a peça estabelece um diálogo direto com o presente ao abordar questões como igualdade de gênero, estigmas relacionados à saúde mental, o reconhecimento da mulher no mercado de trabalho e a luta antimanicomial. Visitando Camille Claudel reafirma sua relevância ao propor reflexões urgentes sobre a condição da mulher artista e os mecanismos históricos de silenciamento e exclusão. O espetáculo propõe uma nova forma de contar a história de Camille: não apenas como a de uma “louca esquecida”, mas como a de uma mulher criativa, ferida por um sistema opressor. A peça transforma dor em reflexão social, propondo a arte como forma de reparação simbólica e denúncia.
Aos domingos acontece bate-papo após a peça com a participação de vozes reconhecidas no campo da saúde mental, filosofia, políticas públicas, cultura e pensamento contemporâneo. Dia 17, o bate-papo é com Neyza Prochet, Doutora em Psicologia Clínica pela USP e Especialista em Psicologia Clínica e Atendimento à Família pela Fiocruz-RJ.
Foto Zeca Amorim