
Merecidas duas páginas, 4 fotos e chamada de capa do Correio Braziliense(29/09) para o elegante ministro em final de mandato, da presidência do Supremo Tribunal Federal(STF), Luis Roberto Barroso. Espirituoso, cultuador esmerado do vernáculo, cantor nas horas vagas, Barroso aprecia artistas populares e gosta de citar frases e versos. A meu ver, Barroso foi infeliz no episódio de Nova Iorque, quando xingado por brasileiros perdeu as estribeiras e respondeu, “Perdeu, Mané”. Vai carregar a tolice por muito tempo. Curiosidade do ministro que vai pautar os mais atilados: respondendo a uma pergunta sobre a sonhada e difícil pacificação, o ministro deixou escapar o que seu faro político sugere para 2026: “Nas eleições, por exemplo, o presidente Lula e o governador Tarcísio poderão disputar, cada um com suas propostas. Mas o debate deve ser civilizado , qualificado e sem ódio”. Barroso está convencido que suas atitudes e decisões na jornada como presidente da Suprema Corte, contribuíram para fortalecer a democracia, a constituição e a soberania. Sem citar a jornalista e publicitária Cíntia Costa, autora da frase, Barroso frisou que ela explica bem a sua gestão:” Viver não é esperar a tempestade passar, é aprender a dançar na chuva”. Nessa linha, Barroso poderia ter salientado versos da sublime Adélia Prado, que cabem bem no coração dele: “Não tenho tempo para mais nada. Ser feliz me consome”.