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A banda boa de lealdade do governador Tarcísio de Freitas que apregoa, sempre que pode, a Jair Bolsonaro, é louvável. A banda ruim e mal cheirosa do agitado governador bajulando Bolsonaro e insultando o ministro Alexandre de Moraes é patética, inconveniente e constrangedora para os planos do governador do mais rico e poderoso estado do Brasil. Tarcísio começou ensaiando o script de leal e grato a Bolsonaro. Colou na testa. Ganhou seguidores. De uma hora para outra, talvez atendendo luzes do além, passou a atirar no Supremo Tribunal Federal e no ministro Alexandre de Moraes. Medonho tiro no pé. Tarcísio não é bem-vindo entre os filhos de Bolsonaro. Nem pintado de ouro. Tarcísio erra feio quando extrapola a lealdade para se tornar inacreditável capacho. Agora Tarcísio mudou de tom. Declara, de joelhos, que abre mão da candidatura à Presidência da República, se Bolsonaro for beneficiado pela anistia. Os búzios do governador andam mais por baixo do que tapete de porão, diria o eterno craque, Sérgio Porto. Tarcísio não quer sair do jogo. Passou a atirar para todos os lados. Todo disparate que fala repercute. Quer mostrar que está vivo na disputa presidencial. Mas sabe, como todas as pedras portuguesas do calçadão de Copacabana, que Bolsonaro não escapa de condenação dura no Suprema Corte. O plano B de Tarcísio fica melhor para o figurino dele. Tem mais futuro. Ser reeleito governador ou ser eleito senador. Tarcísio é novo e capaz. Não precisa, politicamente, do clã Bolsonaro para rigorosamente nada. Tarcísio, vá devagar ao pote. Para não ficar sem o mel e a cabaça. O apressado come mal e cru. Cabeça é para ser usada. Não apenas para colocar bonés.