
Ânimos mais do que exaltados na política. Paciência e isenção foram para a lixeira. Tônica das conversas beira o palavreado rasteiro. Parlamentares esgrimam de forma intolerante. O contraditório é usado não para elevar o tom dos debates, mas para alvejar o adversário com deboches. Temas de interesses da população são esquecidos. Palanques eleitoreiros de 2026, já montados. Beneficiar a coletividade ficou palavrão. Exemplo marcante e triste, ilustrando bem meus argumentos. Há pouco, hoje, quinta, o canal Globonews, repleto de sábios, entrevistando o líder da oposição, no senador, Rogério Marinho, do Podemos, a conversa começou difícil e azeda. Pode-se discordar do senador, mas o riograndense do norte, ex-ministro do Desenvolvimento Regional do governo Bolsonaro, é articulado, enfático e claro em suas colocações. Andrea Sadi exagerou no figurino antipático. Marca registrada. Se acha, sempre, o último biscoito do pacote. Tentou retrucar, com nariz empinado,. opinião do senador Marinho. Mereceu de volta, palavras duras e diretas de Marinho. O senador exigiu que Andrea respeitasse suas opiniões, se quisesse que ele respeitasse as opiniões delas. Fechou o tempo. Acabou a constrangedora entrevista. É este o clima tenso e melancólico atualmente no cardápio das conversas políticas.
Foto Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil