
Estreou A Descoberta das Américas no teatro do Centro Cultural da Justiça Federal.
O monólogo é protagonizado por Julio Adrião.
O texto original é de Dario Fo.
A tradução e adaptação são de Alessandra Vannucci e Julio Adrião.
O texto é ficcional, apresenta elementos históricos, crítico, anticolonial, antiopressao, antiexploração, antieurocêntrico, bem humorado e divertido. Denuncia o processo de colonização das Américas pelo europeu, por meio do personagem Johan Padan, mostrando as tensões e a violência que caracterizaram o referido processo. Este foi intenso e truculento, e não respeitou as diferenças.
A atuação de Julio Adrião como o narrador da saga de Johan Padan é notável e de qualidade. Ele interpreta de forma perfeita, e emociona. Deixa transparecer o personagem com intensidade. Domina o texto, passando a mensagem de forma clara e com uma retórica boa. Domina o palco, com uma movimentação intensa e preenchendo todos os espaços. Ele apresenta todo um arsenal de gestos e expressões que lhe ajudam em sua atuação. Estabelece uma boa comunicação com o público. Portanto, uma atuação merecedora de aplausos e de elogios.
A direção é de Alessandra Vannucci que focou no texto, e deixou o ator a vontade naquela ribalta para realizar a sua atuação de qualidade e arrebatadora.
O figurino criado por Gabriella Marra é simples, adequado, e facilita a intensa movimentação do ator pelo palco.
A cenografia é nula.
A iluminação criada por Luiz André Alvim è boa, correta, e realça a interpretação do ator de seu personagem.
A Descoberta das Américas é um monólogo que apresenta um texto crítico sobre o processo de colonização das Américas; um ator com uma atuação de qualidade e digna de elogios; e figurino perfeito e adequado devidamente associado com a atuação do ator, marcada pela intensa movimentação, e um conjunto gestual e expressões corporais.
Excelente e Imperdível produção cênica!