
Nascida em Bauru, no Estado de São Paulo , em 1950 ( 1950-2023), a jornalista e cientista política Lúcia Hipppolito, foi uma das grandes amigas de meu pai, o ex-presidente da Supra no governo de João Goulart, João Pinheiro Neto, ao lado de seu querido marido, o professor Edgard Flexa Ribeiro, um dos herdeiros do excelente Colégio Andrews e filho do ex-secretário de Educação de Carlos Lacerda, no antigo Estado da Guanabara, professor Flexa Ribeiro.
Ao lembrar de Lúcia Hipppolito e Edgard Flexa Ribeiro, que conviveram muito com meu pai e com a nossa família, na época da redemocratização do Brasil, a partir dos anos 80, é importante rememorar a trajetória do Professor Carlos Octávio Flexa Ribeiro, que foi candidato, pela UDN, ao governo do antigo Estado da Guanabara, nas eleições de 1965, que consagraram, nas urnas , o candidato ligado a Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart, pelo MDB, o embaixador Negrão de Lima.
Nascido em Belém do Pará, em 1914, o professor Carlos Flexa Ribeiro faleceu em 1991, no Rio de Janeiro.
Formado em Direito e em História, o professor Flexa Ribeiro herdou o Colégio Andrews de sua mãe, Alice Flexa Ribeiro, professora e amiga do grande educador Anisio Teixeira (contemporâneo de Darcy Ribeiro e de Paulo Freire).
Apaixonado por Artes Plásticas, o professor Carlos Flexa Ribeiro também lecionou nessa área e foi diretor do Museu de Arte Moderna, nos anos 50.
Fundador do Partido Socialista Brasileiro, junto com sua mãe, Alice, o professor Flexa Ribeiro , começou a carreira política pelo socialismo, em 1947.
Amigo de Carlos Lacerda, em 1960, Flexa Ribeiro filiou-se à UDN (partido oposto às ideias de meu pai, que foi do PSD getulista e juscelinista e, depois, para o PTB de João Goulart).
Edgard Flexa Ribeiro, que foi diretor do Colégio Andrews e um dos fundadores do PMDB, em 1980, e Lúcia Hipppolito eram muito queridos por meu pai, o ex-ministro de Jango.
Nascido em 1940, em Copacabana, Flexinha (como os amigos chamam Edgard Flexa Ribeiro) seu irmão, Carlos Roberto, herdaram o Colégio Andrews de seu pai, o professor Flexa Ribeiro.
Flexinha e Lúcia se conheceram há muitas décadas e passaram a viver juntos. Casaram, oficialmente, em 2017, alguns anos antes de a querida amiga morrer, em 2023.
Historiadora e jornalista de formação, Lúcia Hipppolito especializou-se em política.
A amizade de meu pai com a admirada Lúcia Hipppolito se estreitou na fase em que os dois amigos e apaixonados pelo jornalismo político participaram, juntos de programas de debates na Rádio Globo e na CBN, nos anos 90.
Lúcia também participou do programa de Jô Soares, no quadro “As Meninas do Jô”, junto com outras jornalistas, entre 2005 e 2010.
Ela morreu aos 72 anos, no Hospital Samaritano, em Botafogo, zona Sul do Rio de Janeiro. Teve Síndrome de Guillan-Barré , doença autoimune, e perdeu os movimentos do corpo.
Ela também foi comentarista da Globonews, Sem Censura, da TV Brasil, e ganhou alguns prêmios, por seu trabalho na mídia, e pelos livros que escreveu, entre eles, “PSD de Raposas e Reformistas “, publicado pela editora Paz e Terra, e ” Política: Quem faz, quem manda, quem obedece “, escrito em parceria com João Ubaldo Ribeiro, publicado pela Nova Fronteira.





