
Elisabeth Di Cavalcanti e Denise Mattar
As pinturas em óleo sobre tela “Carnaval” (década de 1920) e “Bahia” (1935), exibidas em 1936, na Galeria Rive Gauche, durante o exílio do artista em Paris, serão vistas pelo público após quase 90 anos. Depois da exibição na galeria parisiense, perdeu-se o paradeiro dessas obras, até serem descobertas recentemente em uma coleção francesa. Agora, as duas obras-primas serão mostradas na exposição “Di Cavalcanti – 125 anos”, com curadoria de Denise Mattar, na Danielian Galeria. “É uma emoção indescritível para uma pessoa como eu, que pesquisa Di Cavalcanti desde 1997, deparar com duas obras dessa importância, que nunca haviam sido vistas desde 1936, e estavam em uma coleção privada na França. ‘Carnaval’ é um painel cujas características o situam entre a produção dos anos 1929 e 1931, quando o artista criou obras-primas como “As moças de Guaratinguetá”, os painéis do Teatro João Caetano e ‘Samba’, a pintura perdida num trágico incêndio. O parentesco com elas é indiscutível”. “A outra obra inédita, ‘Bahia’, de 1935”, continua a curadora, “era uma obra conhecida dos estudiosos apenas pela descrição feita pelo importante crítico francês Benjamin Crémieux quando da realização da exposição do artista em Paris em 1936. Ver o belíssimo trabalho torna a crítica ainda mais impactante e sensível. Mostrar duas obras dessa qualidade da produção de Di Cavalcanti é uma contribuição inestimável da Danielian Galeria à arte brasileira”, diz Denise Mattar.
A abertura da exposição foi nesta terça-feira, 6. Confira nas fotos de Lucas Teixeira