
Livro que acompanha o projeto da exposição homônima realizada no Museu Imperial – em cartaz até o dia 15 de janeiro de 2023 -, “O Olhar Germânico na Gênese do Brasil” será lançado no dia 16 , no museu, em Petrópolis, às 18h. Maurício Vicente Ferreira Júnior, diretor do Museu Imperial, e do historiador de arte Rafael Cardoso são os organizadores do livro e também resposáveis pela curadoria da mostra. Eles dividem a autoria dos textos com Lucile Magnin, Fábio D’Almeida, Fabriccio Miguel Novelli Duro e Amanda Tavares Vitor Gomes. A publicação foi ordenada segundo os temas: “Em busca do olhar germânico”; “Luz, minúcia, transferências artísticas e beleza alegórica da natureza”; “A propósito de algumas obras de pintores viajantes alemães no Brasil do século XIX”; “Entre o golpe do punhal e o gosto do veneno: Ferdinand Pettrich e o nascimento da estatuária no Brasil”; “Emil Bauch, Ferdinand Keller, Friedrich Steckel, Georg Grimm: quatro artistas alemães, quatro papéis artísticos à mostra nas exposições gerais da Academia Imperial de Belas Artes”; “A Casa Leuzinger e o olhar germânico sobre a paisagem brasileira”. A edição bilíngue, em português e inglês, tem 282 páginas.
“O presente livro dedica-se a decifrar um desses enigmas: o porquê da abundância de obras produzidas por artistas de origem germânica. O senso comum pode descartar a pergunta com explicações simples: porque o casal Geyer gostava de artistas alemães, porque era uma espécie de reencontro com o passado europeu da família, porque era o que havia no mercado para comprar… Porém, tais evidências não satisfazem a curiosidade histórica. O desejo da historiadora e do historiador é de interrogar os documentos e artefatos para tentar dimensionar as correntes profundas que subjazem os relatos estabelecidos, como já ensinaram mestres da historiografia mundial. A forte representatividade na Coleção Geyer de artistas de língua alemã constitui, portanto, um dado a ser problematizado”, sintetiza Maurício Vicente Ferreira Júnior.