
Estrelado por Ailton Graça e dirigido por Silvio Guindane, o longa tem o roteiro assinado por Paulo Cursino e produção de André Carreira, pela produtora Camisa Listrada, coprodução Panorama Filmes, Globo Filmes, Globoplay, Telecine e RioFilme, além de distribuição da Downtown Filmes.
Baseado no livro “Mussum – uma história de Humor e Samba”, de Juliano Barreto, o filme reúne momentos menos conhecidos e explorados da vida de Antônio Carlos Bernardes Gomes – e vai além do papel inesquecível do humorista em Os Trapalhões, ao lado de Didi, Dedé e Zacarias. “Mussum, o filmis” narra a construção desse artista negro multifacetado passando por sua infância pobre, a carreira militar, a relação com a Mangueira e o sucesso com o grupo Originais do Samba.
Os atores Thawan Lucas Bandeira, Yuri Marçal (que ganhou melhor ator coadjuvante no Festival de Gramado) e Ailton Graça (melhor ator) interpretam Mussum em 3 fases diferentes de sua trajetória. A veterana Neusa Borges também foi premiada como melhor atriz coadjuvante por interpretar Dona Malvina, mãe de Mussum, papel que divide com a atriz Cacau Protásio. “Mussum, o filmis” ainda levou o prêmio de Melhor Trilha Musical e Menção Honrosa pela caracterização feita por Martin Macias Trujillo.
Protagonizando um filme pela primeira vez, o ator Ailton Graça, que vive Mussum em seus anos de sucesso com Os Trapalhões, comenta esse momento que já é um marco na sua carreira: “Este filme é a realização de um projeto de vida. É o primeiro ‘pretagonista’ que eu faço, e, dentro do meu histórico como artista, sempre quis homenagear o Mussum, fosse no teatro ou em qualquer lugar. Fiquei muito feliz construindo esse personagem para o cinema. E espero que todo mundo goste assim como eu”.
O trabalho também é a estreia de Silvio Guindane como diretor, depois de quase 30 anos iniciar sua carreira de ator com o longa “Como Nascem os Anjos” (1996), de Murilo Salles. Segundo ele, “Mussum, o filmis” é mais do que uma biografia de um grande artista, mas um filme que retrata a vida de milhões de brasileiros através de seu protagonista e de sua relação com família, trabalho, preconceito, altos e baixos e, principalmente, seus sonhos.
Com um elenco majoritariamente negro, o projeto escrito por 7 anos traz a grandiosidade e a potência que Mussum era, e os frutos que ele deixou para inúmeras gerações de artistas periféricos que não se viam representados na TV brasileira. Fotos Rogério Fidalgo