
Thierry Frémaux e Rafael Carino
O sábado quente e ensolarado não foi apenas de praia no Rio de Janeiro. Pelo menos para os apreciadores do cinema e do judô, que estiveram no Estação Net Rio para o lançamento do livro “Judoca”, do cineasta francês Thierry Frémaux, diretor do Instituto Lumière e do Festival de Cannes. Faixa preta no esporte, o cineasta, que cresceu na periferia de Lyon, descreve na publicação como o esporte o ajudou a formar sua personalidade.
Para homenageá-lo, 13 alunos do Instituto Desportivo e Cultural Haroldo Britto, apoiados pela Clínica Jorge Jaber e que funciona na Rocinha, se apresentaram num tatame montado no saguão do Estação, acompanhados dos professores Fernando Britto, Luiz Carlos Dias e Rafael Carino (coordenador de educação física da clínica) e do cineasta Cavi Borges.
Mesmo sem estar vestindo o quimono, Thierry se empolgou e demonstrou alguns golpes com os professores e com os alunos Kevin da Fonseca, 11 anos, e Isabela Lopes, 10. Ele também recebeu uma placa do presidente da Federação de Judô do Estado, Jucinei Costa. “No Festival de Cannes, não recebo prêmios, eu dou prêmios”, brincou, e depois se dirigiu aos atletas da Rocinha: “minha história é a história de vocês. Tenho orgulho de saber que essa troca, no mundo complexo em que vivemos, é o que nos traz sentido porque vocês são o futuro”.
O cineasta e os jovens atletas foram aplaudidos por uma plateia de profissionais ligados ao cinema, como o casal Lucy e Luiz Carlos Barreto, com sua neta Júlia, Ilda
Santiago, diretora, e Adriana Rattes, CEO do Cine Estação, de Jean Thomas Bernardini, dono do complexo de cinemas Reserva Cultural e do crítico Carlos Heli de Almeida.
Fotos @enymiranda.