
O Instituto Cervantes de São Paulo, em colaboração com o Departamento de Cinema, Televisão e Rádio da Escola de Comunicação e Artes da USP, organizou um encontro, no dia 2 de abril, entre o diretor de cinema Oskar Alegría e os alunos de Cinema da Universidade de São Paulo, quando foram analisados vários aspectos do processo de criação do documentário, a partir do filme “Zumiriki”. O tema foi o cinema artesanal e náufrago como forma de alcançar uma sensação única, através da exibição do filme “Zumiriki” seguida de bate papo sobre a experiência de habitar dentro de um filme.
Oskar Alegría é cineasta e diretor artístico do Festival Internacional de Cinema Punto de Vista de 2013 a 2016 em Navarra. Seu primeiro longa-metragem “Emak Bakia’ baita (2012) conta a história da busca pela casa na costa basca onde Man Ray filmou seu filme ‘Emak Bakia’, uma casa que se acreditava estar perdida e cujo nome em basco, que significa “Deixe-me em paz”, serviu ao artista americano como lema libertário em sua longa carreira artística. Premiado com 17 prêmios, participou de 70 festivais, incluindo BAFICI, Edimburgo, Telluride, San Sebastián, San Francisco, Yamagata, Shangai, DocLisboa. Seu segundo longa-metragem ‘Zumiriki’ (2019) narra a experiência do próprio diretor isolado na floresta de sua infância durante quatro meses em uma cabana de madeira em frente a uma ilha afundada pela construção de uma represa. ‘Zumiriki’ estreou internacionalmente na seção Orizzonti da 76ª Mostra de Veneza, foi traduzido para 17 idiomas e foi reconhecido no Festival de Cinema Europeu de Sevilha de 2019 com o Nuevas Olas como melhor filme de não ficção. Recentemente, ele concluiu seu terceiro longa ‘Zinzindurrunkarratz’ (2023), uma jornada pela antiga trilha dos pastores em direção à montanha acompanhado por uma velha câmera super8 e um burro chamado Paolo.