
A espera está chegando ao fim! Dia 24 de maio é a data de lançamento do livro “Terra Prometida”. A autora periférica Alba Michele compartilha os detalhes dos bastidores desta emocionante jornada literária com o site JP Revistas.
“Terra Prometida” é uma ficção, que conta a história de Medellín e Tabaré, comunidades rivais que passam por uma disputa através dos personagens principais: Damião, Jiló e Angel, que ainda é uma menina no primeiro livro.
A cada capítulo, o leitor fará uma imersão das canções através do QRCod. Trazendo músicas de artistas autorais como Morcego, Delacruz, Luz Sampaio, Deu Matt, Ana Mari e outros.
Confira o bate-papo com a autora!
JP – Com base na quantidade de personagens na trama de “Terra Prometida”, imaginei que seria desafiador adaptar todos para uma série. Se precisasse escolher, quais personagens você manteria na adaptação para a televisão?
Seria bem difícil ter que tirar ou adaptar, porque cada personagem tem riquezas de detalhes, também nem todos iriam para a segunda temporada, já que estamos falando de três livros. Se esse for o desafio, teríamos que passar pelo deserto até chegar a Terra Prometida, afinal são oito anos trabalhando nesse projeto. De um olhar de quem viveu 44 anos em comunidade. Sei convencer bem.
JP – Estou ansioso para saber mais sobre a continuação da história. Você pode nos dizer quando está previsto o lançamento do “Terra Prometida 2”?Opa! Meu bebê acabou de nascer! Ainda vamos trabalhar bastante no primeiro. Previsões até as videntes tem (sou uma rs), a ideia é Dezembro, mas tudo pode mudar! Primeiro vamos falar bastante do lançamento e qual o olhar que os leitores terão sobre o livro. Tendo a data, eu e a Emó vamos contar.
JP – Você já tem os próximos volumes da série planejados? O “Terra Prometida 2” e o “Terra Prometida 3” já estão totalmente escritos?
O 2 sim, já está escrito mas não roteirizado. Eu era bem ansiosa antes do livro acontecer. Quando percebi que tudo aconteceu por um motivo, inclusive a data de lançamento. Tenho certeza que Deus está colocando a mão na parte do tempo. Minha parte é fazer acontecer em sincronicidade com o Universo. Tudo acontecerá na hora certa!
JP – Há planos de transformar “Terra Prometida” em uma série de TV?
A primeira intensão foi essa! Foram três anos de reuniões com a galera do áudio visual, foi bem cansativo! Agora que o livro saiu, me sinto no processo de mimar ele, sabe? Se tiver que virar série, vai virar! Sem ansiedade, sem estresse. Chegaram a sondar, sim! Mas como eu disse, temos que viver as etapas de cada coisa. Estou com 49 anos, em julho completo 50 redondinho. Eu e Emó estamos vivendo a alegria de um bebê que acaba de nascer. Já que esperei até aqui, por que a pressa agora? Se tiver que virar série, vai ser lindo! Só que tem que bater a energia.
JP – Como escritora periférica, você enfrenta desafios únicos e tem perspectivas diferentes. Quais seriam, na sua opinião, os ônus e os bônus de ser uma escritora que vem de uma comunidade periférica?
Ônus é que não se escolhe nascer num lugar de violência, de escassez, medo… O bônus é ter nascido de uma mãe nordestina, viúva e sábia. Que mostrou o outro lado, fazendo despertar em mim a curiosidade de conhecer outras culturas e lugares diferentes. Principalmente, ela estimulou em mim o hábito de ler. Infelizmente, nem todas as pessoas de favela tem oportunidades, olhar os privilégios dentro do lugar que nascemos, faz a diferença.




