
Desde que seu filho Andreu foi assassinado, em 2008, por agentes carcerários, usando práticas de tortura no Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) do Rio de Janeiro, Deize Carvalho tornou-se ativista de Direitos Humanos e enfrenta uma árdua luta contra a violência. Mulher negra, oriunda da favela e mãe de outros três filhos, ela acaba de lançar o livro “Pelo fim das mortes silenciosas e invisíveis”. Foi, também, uma das personagens do curta “Avoada”, sobre mães que perderam os filhos, dirigido por Magno Pinheiro, semifinalista do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro em 2020.
Agora, a protagonista ganha uma nova homenagem, e do mesmo diretor. Magno prepara um longa-metragem que aborda toda a história de Deize Carvalho. “Escutaremos suas memórias, desde a infância, juventude e maternidade, suas dores, como a prisão e o assassinato do filho, as dificuldades financeiras, além das vitórias, como a formação no curso de Direito e o livro publicado”.
Magno Pinheiro nasceu em Itororó (BA) e se mudou para a cidade do Rio de Janeiro em 2015, onde estudou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro (ECDR). Foi roteirista e diretor de curtas, como “Lilith”, participante do Festival Internacional de Curta-Metragem de Clermont-Ferrand, na França. Integra também o time da Mapa Filmes do Brasil, produtora de Zelito Viana e Vera de Paula.