
Assim que os uniformes brasileiros para a abertura dos jogos olímpicos de Paris foram aparentados ao público uma enxurrada de críticas apareceram nas redes sociais. Uns falam que não teve inspiração, outros vêm como uniformes simplórios, reprováveis!
O uniforme conta com saias na altura dos joelhos ou calças brancas com camisetas listradas em verde e amarelo e jaquetas em jeans bordadas – peças confeccionadas pela Riachuelo, uma das empresas que patrocina o COE – Comitê Olímpico Brasileiro.
Para Cathyelle Schroeder, diretora de marketing e comunicação da Riachuelo, as roupas enaltecem a beleza do trabalho manual e valorizam a cultura e a biodiversidade brasileira. Elas passaram por vários processos de criação: briefing técnico, estudo de materiais, aprovações, modelagens e execução.
O presidente do COE Paulo Wanderley disse que o uniforme não é para o Paris Fashion Week e que considera a arte das bordadeiras de Timbaúba dos Batistas no Rio Grande do Norte o grande diferencial do uniforme de abertura do evento. As jaquetas foram bordadas por 80 artesãs que costuraram à mão as peças em jeans reciclável (uma atenção especial à sustentabilidade). O figurinista Paulo Paranhos viu com exagero as críticas e desataca a riqueza de detalhes no processo de criação do traje.
Como os uniformes olímpicos procuram contar histórias dos países, o nosso uniforme retrata os animais da nossa fauna e flora e enaltece nosso artesanato. Talvez o exagero em usar sandálias de borracha tenham deixado o traje “despojado” demais. Mas… a Havaianas foi uma das marcas patrocinadoras.
No desfile de abertura, a delegação brasileira estava muito digna destacando as jaquetas bordadas, sem aparecer os pés!
Os trajes de treino e competição são de responsabilidade de cada delegação, que têm um patrocinador próprio.