
Max Perlingeiro com Gonçalo Ivo e Katia Maciel.
Pinakotheke Cultural, no Rio de Janeiro recebeu este final de semana a abertura para convidados das duas mostras: “Katia Maciel – Um quarto de mar” e “Gonçalo Ivo – Zeitgeist”.
Em “Katia Maciel – Um quarto de mar”, a artista criou um site especific para o espaço no segundo andar da Pinakotheke Cultural, onde o público ficará imerso em um ambiente dos sonhos da artista sobre o mar, a partir de um conjunto de quatro poemas-objetos de sua série “Cósmicas”, em espelhos, uma caixa de acrílico branco com impressão azul, e uma maquete da exposição, além do filme “E todos os dias eu sonho com o mar” (2024, 28’).
O texto crítico é da premiada escritora Veronica Stigger, também curadora de exposições, como “Maria Martins: metamorfoses” e “O útero do mundo” (MAM SP).
Já “Gonçalo Ivo – Zeitgeist”, que tem curadoria de Luiz Chrysostomo de Oliveira Filho, presidente do Conselho do Museu de Arte do Rio, que acompanha o trabalho do artista há mais de trinta anos, reúne 79 pinturas sobre tela, madeira, papel e pedra produzidas por Gonçalo Ivo nos últimos cinco anos, das séries “Le jeu des perles de verre” (“Jogos de contas de vidro”), “Cosmogonias”, “Cardboards” e “L’inventaire des pierres solitaires” (“O inventário das pedras solitárias”). A quase totalidade dos trabalhos é inédita, e apenas cinco deles estiveram na exposição homônima realizada no Paço Imperial, em abril de 2022, que teve 26 obras selecionadas pelo mesmo curador. Luiz Chrysostomo de Oliveira Filho destaca que Gonçalo Ivo “é considerado um dos maiores coloristas contemporâneos do país”. A exposição está acompanhada do livro “Gonçalo Ivo – Zeitgeist” (Edições Pinakotheke), bilíngüe (port/ingl), com 328 páginas, em formato 21 x 27cm. A organização é de Luiz Chrysostomo de Oliveira Filho, apresentação de Max Perlingeiro, e textos de Tomás Paredes, Nicholas Fox Weber, diretor-executivo da Josef & Anni Albers Foundation, Lêdo Ivo (1924-2012) e Nélida Piñon (1934-2022) – que fez sua última visita ao ateliê do artista em Teresópolis em maio de 2022 –, e um poema visual inédito de Luciano Figueiredo, criado especialmente para a publicação. O livro contém ainda uma detalhada cronologia do artista, e a mais longa entrevista concedida por ele, dada a Luiz Chrysostomo, “iniciada em janeiro de 2022, enquanto Gonçalo estava em suas residências-ateliê de Madri e Paris”, e finalizada “numa manhã ensolarada, no início do outono de 2023, no Museu Isamu Noguchi, em Nova York”.
Tudo isso estará aberto ao público a partir deste segunda-feira, 19 , com entrada franca.
Fotos Cristina Lacerda