
Segundo George Lucas, a trilha sonora é metade do filme. Responsável por uma das franquias mais icônicas da história da sétima arte, o criador de Star Wars tem lugar de fala nessa afirmação. Afinal, o que seria de seus filmes sem a contribuição genial de um dos maiores compositores da história do cinema? John Williams é a outra parte fundamental de diversas produções que se imortalizaram graças às suas composições. E seu papel em Hollywood redefiniu os caminhos para um departamento em que ele se tornou sinônimo de excelência. Se você ouvir um tema de um personagem, seja qual for e, considerar que seja dele, provavelmente, é. Jurassic Park, Superman, Indiana Jones, Harry Potter, são pedaços da discografia deste autor que é tão reverenciado por espectadores e colegas. É justo afirmar que assim como tantos diretores e atores, seu crédito num poster, leva muita gente ao cinema.
Williams soube aproveitar as oportunidades. Steven Spielberg, seu maior parceiro, o destaca como alguém sempre disposto a melhorar algo que já está incrível. A lista imensa de composições atravessa décadas. São inúmeras faixas que se tornaram maiores que muitas sequências e personagens em diversos longas. Seu trabalho é quase que onipresente na indústria cinematográfica dos Estados Unidos. E ao longo de sua carreira, presenteou plateias pelo mundo todo com criações simples e belíssimas. Seja na tensão de duas notas em Tubarão ou nas emocionantes cinco notas de Contatos Imediatos, seus temas são reconhecidos instantaneamente. Trata-se de um artista com uma identidade sonora poderosa e versátil. Que transitou dos conjuntos de jazz para a regência de orquestras que executam com entusiasmo seu trabalho. Músicos, com frequência, o exaltam por compor obras que valorizam todos os instrumentos e muitos se formaram ouvindo faixas de filmes que talvez nem tenham assistido tantas vezes assim.
Destacado entre os lançamentos de novembro do Disney Plus, Music by John Williams compila, em depoimentos, a história de sucesso de um artista apontado como um colaborador gentil e companheiro. Um músico que ajudou a convencer o mundo que um homem pode voar. Um maestro acolhedor e sempre disposto a ouvir o que os colegas tem a dizer sobre suas criações. Um pianista que aos 92 anos, segue entusiasmado por compor mais e, convicto que, a música é suficiente para a vida. Mas a vida não é suficiente para a música.