
Após quase uma década longe dos palcos paulistanos, a artista visual Ana Durães retorna a São Paulo com a exposição “A natureza que me habita”, apresentando cerca de 20 obras inéditas em técnica mista, acrílica e óleo sobre tela e linho. A mostra abre no dia 18 de janeiro na Galeria Contempo, no Jardim América.
Com texto crítico de Vanda Klabin, a produção recente reflete o trabalho imersivo de Ana na natureza, realizado entre seu ateliê na serra de Petrópolis e Lisboa.
“A natureza que me habita vem bem antes da pandemia. Penso que a natureza sempre me habitou. E o costume de estar dentro dela se fortificou na necessidade da reclusão. Na necessidade da solidão”, afirma a artista.
“Não sigo tendências artísticas. Sou uma artista pós-moderna no mundo contemporâneo, onde sigo meus impulsos sensoriais. Pinto o que vejo e sinto. Mas, da forma como vejo, não necessariamente uma natureza real. Uma simples folha pode ser floresta. Uma poça de chuva pode virar rio. Nada do que vejo me é alheio, misturo as flores, as cores, o meu jardim, com imagens imaginárias. Quase abstratas. Acaba por tornar-se um jardim das delicadezas, próprio da liberdade com que registro meu mundo.
Essas flores que apresento agora, inéditas, trabalhadas nos últimos três anos, na verdade moram em mim há 62 anos. Elas são alegorias da minha natureza, onde transmuto dor em amor até tornar-se alegria”, conclui.
Serviço
- Exposição: Ana Durães: A Natureza que me Habita
- Abertura: 18 de janeiro de 2025, sábado, das 10h às 16h
- Visitação: até 3 de fevereiro de 2025
- Horário: segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 10h às 16h
- Texto curatorial: Vanda Klabin
- Organização: Marcia Felmanas, Monica Felmanas
- Local: Galeria Contempo (Jardim América, São Paulo)