
A artista visual Flavia Fabbriziani inaugurou na noite desta terça-feira, 6, na Cada de Cultura Laura Alvim, no Rio, a exposição individual “Nunca é para sempre”. A mostra que tem curadoria de Shannon Botelho, é composta por diversas pinturas inéditas e uma instalação, na qual incorpora linguagens visual e sonora.
Em sua fase atual, a artista propõe nova reflexão em seu trabalho, que surge da observação da paisagem vista da janela de seu ateliê. Questionando se aquela paisagem sempre esteve ali, em uma carta endereçada ao seu curador, a artista escreve: “Este período de produção tem sido muito diferente de todos os outros. Não sei o que aconteceu, se meu entorno sempre foi verde assim, se as plantas cresceram, se a natureza era tão exuberante, mas algo aconteceu por detrás dessas janelas” e continua: “Aquela planta amarela sempre esteve ali ou nasceu de repente?”
Tomando essa observação como ponto de partida, Flavia explora o que se vê e o que realmente se é capaz de enxergar, propondo que um olhar atento revela a forma como nos relacionamos com o tempo, em suas palavras: “enxergar vai além do olhar, é um ato de presença”.
Fotos Miguel Sá