
Ser uma cantora, especialmente uma cantora autoral, sempre foi um grande desafio, principalmente sendo independente, pois apesar do ambiente digital, onde todos difundem seu trabalho, ser algo muito democrático, se torna quase um milagres aparecer no meio de tantos lançamentos, nesse mar de milhares de cantoras que surgem todos os dias. O que pode nos diferenciar é ter um nicho bem claro, uma imagem bem colocada, e principalmente um bom marketing, e isso envolve a realidade de uma boa verba de investimento na própria divulgação. E claro, a insistência, quem resiste mais as dificuldades, tem mais chances de um dia alcançar maior êxito.
JP – Você compõe também?
Compor sempre foi uma realidade pra mim, me sinto as vezes mais compositora que cantora, pois mesmo quando não estou cantando, estou compondo. Sou uma compositora de alta performance, com mais de 300 canções autorais entre inéditas e gravadas, 7 álbuns e vários EPs e singles autorais, pautei minha carreira na minha obra. Hoje foco parte da minha energia em encaixar minha obra no trabalho de outros cantores.
A música assim como a palavra é minha ferramenta de transformação, é nela que coloco minhas ideias, meu posicionamento como mulher, como cidadã, como ser humano, como mãe, como uma mulher do Nordeste, enfim, o que toco, canto, falo, retrata meu instrumento de mudança no mundo, de transformação, e que representa a minha luta e de tantas outras mulheres.
JP – Você escreveu um livro. Pode nos falar um pouco mais.
Quando não cabe na música, eu escrevo. Textos maiores, principalmente crônicas. Participei de varias coletâneas, mas ultimamente escrevi uma autobiografia, que não retrata uma artista famosa, mais uma mulher artista numa jornada muito cheia de vida e superações, e um livro de Crônicas, em breve serão lançados. Hoje tenho dois e-books disponíveis, o Livro Mãe, que é uma espécie de oráculo com aprendizados e lições do dia a dia, e o 100 letras, poemas e outros pedaços de mim, ambos disponíveis na Amazon ou diretamente através das minhas redes.
Música é vida, é terapia, é relaxamento, é pensamento, é alegria. No meu caso virou além de tudo isso minha profissão, minha missão. Não acredito numa vida possível sem música.
JP – Quais são as suas próximas apresentações?
Estou nesse momento aguardando resultados de editais e montando minha agenda de talks shows em cafés e espaços culturais, mas dia 9 de maio me apresentarei em homenagem ao dia das mães na Tijuca, na sede da incubadora musical, com meu talk show e uma roda de conversa com mulheres.
JP – O que o Rio de Janeiro representa na sua carreira ?
O Rio representa o sonho, o encontro, a liberdade, o despojamento, amo, sou embaixadora do turismo do Rio, sou uma turista no lugar que moro, estou sempre descobrindo belezas, lugares, serviços, com os olhos de novidade, faço tudo o que está ao meu alcance pra divulgar o que há de melhor por aqui. Sou a apaixonada, sei das coisas difíceis, mas as maravilhas são infinitamente maiores. O Rio é surpreendente.
JP – Quais são os seus projetos futuros?
Lançar meu novo álbum de musicas autorais, lançar meu livro de crônicas e rodar o Brasil, principalmente o interior, com o show e o lançamento do livro. E que surjam novas parcerias sempre, estou sempre investindo no novo.