
A habitual e surrada desculpa para o jogo medonho entre Brasil e Equador, que certamente Ancelotti dará, é a falta de treinamentos. É a primeira vez que a seleção pentacampeã do mundo sofre para se classificar para a Copa do Mundo. As dificuldades são imensas, a agonia do hexa começou cedo. Seleções adversárias cresceram, cantam o hino com vigoroso patriotismo e não temem mais o Brasil. A safra de atletas chega a ser patética. Têm mais tatuagens do que futebol. Meio de campo pouco inspirado. Bisonho nos passes. O cerebral Ganso tem lugar nesta seleção – abre o olho, Ancelotti. Jogadores se conhecem no hall do hotel. Arrebentam nos clubes, pouco ou nada produzem na seleção. Falta personalidade para alguns deles, pois a camisa amarelinha pesa. Neymar é peça fundamental para o sucesso da seleção, e Ancelotti sabe disso. Precisa entrar em forma e deixar de passar recibo para polêmicas tolas. Carlo Ancelotti tem invejável currículo profissional, mas não entra em campo nem coloca chuteiras.