
Dando continuidade e complementando a exposição no Paço Imperial que foi inaugurada em junho, Luiz Aquila abre, quase simultaneamente, “A Escolha do Artista”, no dia 10 de julho, na Galeria Patrícia Costa. Junto à galerista que o representa há mais de 20 anos, desta vez ele mesmo selecionou o conjunto de obras que ocupará o espaço em Copacabana, até o dia 9 de agosto.
Mantendo um ritmo de criação constante e profícuo, Aquila vem se dividindo entre a serra de Petrópolis e o novo ateliê na Praia de Botafogo, onde tem passado mais dias na semana. A mudança de ares reiterou sua fonte de inspiração.
“Desde que eu retomo a pintura de uma maneira mais gestual e espontânea, no final dos anos 70, a minha grande influência é o Rio. A forma orgânica das montanhas, a própria arquitetura, a maneira como se circula pela cidade… o simples fato de uma forma realista. O Rio mexe com a minha ‘paisagem interior’, a minha paisagem interior”.
O texto de parede da exposição, “Lição de Pintura” de autoria de João Cabral de Melo Neto, aponta a maneira de Aquila pensar a própria arte. “Quadro nenhum está acabado, disse certo pintor; se pode sem fim continuá-lo, primeiro, ao além de outro quadro que, feito a partir de tal forma, tem na tela, oculta, uma porta que dá a um corredor que leva a outra e a muitas outras” pode ser uma metáfora para a constante busca do artista. Segundo Aquila, o pintor, como um velho fauno, está à procura da pintura. Em novembro, embarque para Brasília para abrir outra nova mostra.
Para esta exposição, foi produzida uma trilogia pensando na bandeira brasileira, com releituras em que cada uma das três telas possui uma cor predominantemente de verde, azul e amarelo: “É o resgate da minha bandeira”, afirma.
Somam-se à série mais pintura dez, além de novos trabalhos em técnica mista sobre cartão, todos recentes.