
Foi lançado, na Sala Joaquim Pedro de Andrade, no Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, o documentário “Terra Revolta-João Pinheiro Neto e a Reforma Agrária”, dirigido por Bárbara Goulart e Caio Bortolotti e produzido por Henrique Pinheiro, filho do ex-presidente da Superintendência da Reforma Agrária no Governo Jango e ex-ministro do Trabalho de João Goulart.
O prefeito de Ouro Preto, Ângelo Oswaldo, e o diretor do Museu da Inconfidência, Alex Calheiros, foram os anfitriões.
Professor da Universidade de Brasília, com doutorado em Filosofia pela USP, Alex Calheiros mediou o debate que aconteceu depois da exibição.
Henrique Pinheiro ficou emocionado, “por voltar a estar em Ouro Preto”. Disse que preocupação social com a terra sempre foi de interesse de sua família.
“Meu bisavô, avô de meu pai, João Pinheiro, foi presidente de Minas Gerais, no final do século XIX. E, por coincidência, João Pinheiro governou Minas Gerais, em Ouro Preto. O nome da cidade de Belo Horizonte foi definido como resultado de uma disputa entre dois nomes propostos, Belo Horizonte e Novo Horizonte. A escolha final, pelo nome Belo Horizonte, foi feita pelo então presidente do Estado, João Pinheiro, em 1890. A cidade de Belo Horizonte foi planejada e fundada como capital de Minas Gerais, substituindo Ouro Preto. Meu pai, João Pinheiro Neto, frequentou muito a cidade histórica e adorava falar sobre a Inconfidência Mineira. Meu bisavô , João Pinheiro, criou as Fazendas Modelo, focadas no ensino agrícola e na preocupação com o homem do campo. Meu pai tinha o meu avô como grande inspiração. E, quando liderou a campanha pela Reforma Agrária, dizia sempre isso”, contou Henrique Pinheiro.