
A noite de sábado, 11, no Festival do Rio foi palco da pré-estreia de “Ângela Diniz – Assassinada e Condenada”, série original da HBO Max. A exibição do primeiro episódio lotou o Cine Odeon e reacendeu o debate sobre feminicídio, o machismo estrutural e a polêmica tese que absolveu Doca Street no primeiro julgamento do caso de 1976. A equipe, incluindo o diretor Andrucha Waddington e os atores Marjorie Estiano e Emílio Dantas, celebrou a oportunidade de dar vida a uma história que, infelizmente, continua atual.
O diretor Andrucha Waddington subiu ao palco e destacou a importância de o projeto trazer à tona a tese que, por 44 anos, permaneceu válida no Brasil, só sendo revogada em 2021. “Eu acho que trazer esse debate para a população e para o público é muito bom. Estamos juntando o entretenimento com trazer uma lembrança de que esse tipo de coisa não pode acontecer”.
A atriz Marjorie Estiano, que interpreta a protagonista, ressaltou que a série é um chamado à ação. “Acho que enquanto a gente tiver a vida das mulheres atravessada por esse tipo de violência, a gente precisa falar, precisa interferir através da lei, através do jornal, através do entretenimento”, afirmou a atriz, que considera um privilégio poder ver o trabalho colaborativo na tela grande do Festival.
O ator Joaquim Lopes reforçou a inteligência da produção em revisitar o caso pelo “lado certo da história, o lado da Ângela”. A atriz Camila Márdila também ressaltou a importância da série “não deixar de se indignar” com a realidade da violência contra a mulher.