
Da janela lateral do trem azul, você viu cores mórbidas e homens sórdidos, viu, quem sabe, pela janela lateral do vagão imaginário, som renovador, o Trenzinho de Villa-Lobos.
Viu o Trem das Cores, cartanando, o azul mareante da cor dos vestidos, que faziam tremer, com os sussurros de pé de ouvido, as meninas do Sacré Coeur.
Dançou, ao som dos Beatles, na esquina lateral da Paraisópolis com Divinópolis, porque gostava de dançar ‘bom-dia’ por mais uns dias.
Era mais mais que divinal no paraíso de Santa. Girassol, gira-mundo, gira-gira, roda-gigante, e agora José; para onde foi?
O sol, ah o sol de um ser solar, verde vento com tês da manhã, verde vento com sol de primavera, às vezes lacrimogêneo, outras cristalinos, seus sonhos jamais envelhecerão. Calmo, calma, alma, palma…
Voce foi sol e chuva com tudo que sonhou, Zapata sem medo e seu anel anel no dedo, sua bota encantada, rainha de raio epahey, estrela cadente, cantante, contente, cantor. Olhos abertos pra outra emoção da cor dos teus cabelos.
Hoje é vento solar em Aruanda, no Orum conectado com Ayê e poetizando: “Se eu não cantar não chore não, é só poesia”.
Vai Lô, vai ser gauche no infinito, anjo aprumado drumoniano nas esquinas do universo celestial e o sol na cabeça, sem olhar para trás, viagem de ventania.












