
Publicação inédita, a primeira sobre o tema no Brasil, aborda as diversas minorias perseguidas pelos nazistas
Além dos judeus, diversos outros grupos também foram perseguidos pelos nazistas e enviados a campos de concentração, comopessoas com nanismo, ciganos, comunistas, deficientes físicos e mentais, gêmeos, homossexuais, intelectuais, maçons, mulheres, negros e testemunhas de Jeová. Este é o tema do livro inédito “As vítimas esquecidas em Tempos de Intolerância: o Nazismo” (Editora Rio Books), da historiadora Silvia Lerner, que será lançado na próxima quinta-feira, dia 13 de novembro, às 19h, na Livraria da Travessa de Ipanema, no Rio de Janeiro. Com 264 páginas, a publicação é a primeira sobre o tema no Brasil e a mais completa já feita até hoje, uma vez que as poucas publicações internacionais existentes sobre o assunto focam em uma única minoria, não abordando o tema de forma ampla.

“Além dos judeus terem sido as grandes e primeiras vítimas, os nazistas perseguiram outros grupos considerados uma ameaça no conceito de raça superior típica da ideologia nazista e na manutenção dessa ideologia. Esses grupos incluíam aqueles que não concordavam com a nova política implantada na Alemanha a partir de 1933, e outros grupos que não se enquadravam no conceito para formar uma raça ariana. Foram perseguidos todos aqueles considerados inimigos raciais, políticos ou ideológicos”, conta Silvia Lerner, que no livro aborda essas minorias “tão pouco estudadas, discutidas e descritas”.
O livro começa contextualizando historicamente o período e a ideologia racial nazista e segue dividido em capítulos sobre “As vítimas esquecidas”, cada um focado em uma minoria, em ordem alfabética, trazendo histórias impressionantes e chocantes relatos de sobreviventes. Silvia Lerner ressalta que, infelizmente, este é um livro muito atual. “O tempo de hoje é de muita intolerância, e isso vem há muito tempo. Sonho, como filha de sobreviventes do Holocausto, que um dia o ser humano aprenderá a História e que esta não se repetirá jamais, e não haverá mais antissemitismo, racismo e intolerância”, afirma.





