
“Antes eu tinha um ateliê num apartamento em Santa Teresa, mas aqui é muito melhor, pois tenho contato com outros artistas”, disse a época em entrevista ao Jornal O Globo. Brígida, que, a exemplo de muitos inquilinos, aproveitou restos de móveis da antiga fábrica na decoração do seu espaço.
Nossa conversa trata de planos futuros, suas referências nas artes, o papel do artista na sociedade e muito mais. Leia!

JP – Você poderia fazer um balanço da sua trajetória como artista plástica?
Fui criada em um ambiente artístico. Meu avô foi um grande artista Italiano. Cresci admirando a arte.
Me formei em Educação Artística e fiz também vários cursos voltados para pintura decorativa nos EUA. Trompe Lóeil, imitação de mármores e madeiras com muito realismo. Assim comecei trabalhando para vários arquitetos, pintando casas, hotéis, restaurantes , lojas etc.
Em 2005 iniciei meus estudos na restauração.
Em 2008 fiz cursos de aprimoramento no restauro em Florença.
Em 2017 iniciei num grupo de pintura realista, onde iniciei ao meu trabalho autoral.
JP – Quando se deu seu interesse pelas artes plásticas?
Primeiro a convivência com meu avô e depois no cientifico, tive um professor maravilhoso, que muito me incentivava. Ricardo Steele, meu amigo até hoje. Ele me apresentou Dali e me identifiquei muito com o surrealismo.
JP – Quais foram suas referências (teóricas e práticas)?
Salvador Dali, Oscar Dominguez, depois me encantei pelo realismo, com Antonio Lopez, Claudio Bravo e etc….
JP – Quais as características do seu fazer artístico?
Na minha pintura autoral, pinto a óleo, realista e meus temas são instigantes, causam um pouco de estranhamento. Como se fosse um Cabinet des Curiositè.
JP – Qual a sua definição de arte?
Arte pra mim é viagem, é devaneio. Lugar de liberdade de expressão e uma maneira de sair um pouco da realidade.
Arte é instigar, comover, questionar e incomodar.
Nem sempre é beleza, mas é sempre emoção.
JP – Qual é o papel do artista na sociedade?
Entreter, seja lá de que forma.
Aquele que revela o invisível, que transforma o mundo, que questiona, impressiona, encanta.
JP – Quais são os seus projetos Futuros?
Estudar sempre!
Hoje atuo muito restaurando obras de arte, e a pintura é um escape.
Gostaria de ter mais tempo pra pintar.
Quero dividir meus conhecimentos e poder contribuir com a formação de novos restauradores.






