A história começa no réveillon de 2100, quando um navio de cruzeiro cheio de autoridades e líderes mundiais sofre um atentado. A única chance de sobrevivência é desacoplar a bomba que não estourou do casco do navio – mas nenhum humano tem condições físicas de fazê-lo, nem mesmo Falcon. Um pequeno robô que servia bebidas se prontifica para o trabalho e salva o dia. A iniciativa desperta um novo olhar dos seres humanos para as máquinas: com um pouco mais de autonomia, elas podem ser bastante úteis.
Nos anos seguintes, os robôs vão ganhando cada vez mais independência, e um grupo é enviado para extrair minerais do Cinturão de Kuiper – local remoto da galáxia onde humanos não conseguem chegar. Primeiro ciborgue de que se tem notícia, Falcon vive em conflito entre sua essência humana e o pragmatismo de máquina – ele é, portanto, a principal ponte entre os dois universos. Por muito tempo ele treina Adam, o robô mais autônomo, que supervisiona o trabalho em Kuiper.
Mas quando um acidente acontece na usina e várias máquinas são destruídas, algo muda em Adam. Ele não consegue salvar os colegas uma vez que o protocolo de segurança só é autorizado caso vidas humanas estejam em perigo. Experimentando sentimentos de culpa e arrependimento, ele desenvolve algo muito parecido com uma consciência – situação que não foi prevista pelos humanos. O evento é o início de uma relação bastante conturbada entre homens e máquinas, que vai se estender por alguns séculos e terá Falcon como personagem decisivo. As crônicas de medusa (The medusa chronicles)
Autores – Alastair Reynolds e Stephen Baxter – 434 Páginas – Preço R$ 49,90 – Tradução: Ronaldo Sergio de Biasi – Editora: Record