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Denilson Baniwa e Beatriz Lemos |
O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio) inaugurou no sábado, 9, a exposição “Nakoada: estratégias para a arte moderna”. Com curadoria de Denilson Baniwa e Beatriz Lemos, a mostra busca acrescentar novas camadas às discussões geradas pelo centenário da Semana de 22. “Nakoada” é uma estratégia de guerra do povo Baniwa da região do Alto Rio Negro para elaborar novas possibilidades de permanência no mundo. O conceito orienta a curadoria da exposição e resume a tática de mergulhar na compreensão de aspectos de outra cultura para a garantia da própria sobrevivência. Se originalmente esta prática era usada pelos Baniwa para lidar com outros povos originários, hoje é repensada para a relação com culturas não-indígenas. “Nakoada é um gesto de retorno. Seria o momento em que as pessoas que foram alvos de ações externas entendem o poder opressor do outro e agora procuram uma possibilidade de retornar à sua própria autonomia”, explica Denilson Baniwa, um dos mais proeminentes artistas da arte indígena contemporânea. Fotos Murillo Tinoco