
O mundo é feito para resultar em um bom livro, essa afirmativa é do escritor Luis Borges que empresta seu olhar a exposição ‘Nova Babel (In) finita’ que apresenta obras raras da literatura ocidental em exposição na ABL- Academia Brasileira de Letras.
Revisitar obras raras é sempre um deleite. Uma viagem no tempo que proporciona descobrir curiosidades e apreciar raridades. A exposição é parte do acervo de obras raras do bibliófilo, médico e escritor Gilberto Schwartsmann que abrange o cânone literário ocidental sob olhar de Jorge Luis Borges, escritor que fez dos livros sua principal companhia e atesta ‘ ter chegado às coisas depois de ir aos livros ‘ como também eleva o valor de uma biblioteca a obra de um deus. Segundo afirma o escritor “a Biblioteca de Babel abarcaria todos os livros e o Universo estaria justificado’.
O ponto de partida fica a cargo do conto de Borges ‘ La Biblioteca de Babel’. Estão expostas obras raras de valor literário excepcional, entre eles “A epopeia de Gilgamesh”, “A Bíblia Sagrada”, “Ilíada”, “Em busca do tempo pedido”, “Ulisses”, e textos de Jorge Luis Borges. Completa a exposição painéis e vídeos, com textos de Jorge Luis Borges e explicações sobre as obras ali expostas além de ilustrações da artista plástica Zoravia Bettiol, com imagens pertencentes ao universo borgiano como, os tigres, os labirintos e os espelhos. As obras são expostas por meio de vitrines especiais, com iluminação adequada a medidas de segurança para preservação das obras.
Borges escreveu sobre a maioria dos livros e escritores da mostra: “A Divina Comédia”, “Dom Quixote”, a dramaturgia de Shakespeare, “Decameron”, Montaigne, Beaudelaire, Honoré de Balzac, Victor Hugo, Charles Dickens, Kafka, Proust, James Joyce, entre outros. Uma ala especial é reservada às primeiras edições dos grandes escritores brasileiros e latinos como Garcia Marquez, Fernando Pessoa, Eça de Queiroz, Saramago, Machado de Assis, Guimarães Rosa e Mario de Andrade.
‘Nova Babel (In)finita’ comporta 300 obras, tem curadoria de Facundo Sarmiento e está aberta ao público ate dezembro, com entrada franca. É uma referência não só aos amantes da literatura, mas também pela beleza do acervo e das curiosidades que apresenta. Vale ser apreciada.
Visitação: segunda a quinta, das 10h às 18h
Academia Brasileira de Letras
Av. Presidente Wilson, 203/1º andar – Castelo – Rio de Janeiro/RJ
Entrada franca






